Palmitinhenses relatam crescimento de golpes do WhatsApp

A tecnologia está cada vez mais presente em nosso dia a dia, e o aplicativo WhatsApp é um exemplo. Utilizado para facilitar a comunicação nas relações pessoais e de trabalho, golpistas estão aproveitando a rede de contatos de usuários para solicitar depósitos.

Nas últimas semanas, alguns moradores de Palmitinho relataram que foram vítimas do golpe. O relato foi mesmo: com um número desconhecido, o golpista mandava uma mensagem para um familiar ou amigo da vítima. O texto avisava que o número havia mudado e o outro contato seria apenas para o trabalho. Em um deles dizia: “Oi, mãe. Bom dia. Armazena o meu novo número, este será para uso pessoal. O outro ficará somente para trabalho, ok. Beijos”

Assim que respondido, o golpista seguia: “Mãe, veja se consegue me fazer um favor. É porque estou tentando realizar um pagamento, mas não estou conseguindo completar a operação pelo meu aplicativo, acho que foi um problema na minha senha eletrônica. Quero ver se consegue realizar o para mim? Amanhã vou no banco pra resolver e mando de volta, ok?”

O delegado substituto de Palmitinho, Eduardo Ferronato Nardi, explica que os golpistas estão cada vez mais articulados, sendo que dessa vez os números não foram hackeados. “ Ao invés de buscarem clonar o WhatsApp, que é uma situação um pouco mais complexa e que a vítima tem que colaborar de certa forma. Eles, por exemplo, se passam por uma filha mantendo o contato com uma mãe e buscam com que a vítima efetue um depósito em uma conta bancária que eles indicam”, diz Nardi

Como a foto do perfil do novo número é a mesma da pessoa, muitos não desconfiam do golpe. O delegado alerta que em Palmitinho, em duas ocorrências o texto era o mesmo, tornando-se um indicativo de que possivelmente seja o mesmo golpista. Quem efetuar o depósito, mesmo sendo revertida a situação antes do pagamento cair na conta, o delegado orienta que o indivíduo procure a delegacia de polícia.   

Ainda, Nardi comenta que no último ano ocorreu uma série de redutores dos índices de criminalidade, em nível estadual e regional. “Foram, principalmente, nos crimes contra o patrimônio, de furto e roubo, que eram os mais tradicionais. Agora, essas outras modalidades de golpes que surgem, fizeram com que o crime de estelionato, que também visa uma vantagem patrimonial para o autor desse ilícito, tenha aumentado consideravelmente os índices. ”, completa.

As formas de manipulação psicológica pelos aplicativos, com objetivo de para enganar as vítimas e conseguir dinheiro, estão sendo chamadas de engenharia social. No ano de 2020, 62.379 vítimas registraram golpes por meio do aplicativo.

Orientações para não cair no golpe

* Caso seja contatado por uma pessoa dizendo que alterou o número do WhatsApp, verifique através do antigo número ou outras redes sociais a veracidade do fato.

* Se for vítima do golpe, avise imediatamente os contatos para não efetuarem pagamentos

* Jamais clique em códigos enviados e nem reenvie seus dados a outras pessoas

* Para evitar a clonagem no WhatsApp, habilite a verificação em duas etapas e não forneça esse código por telefone.

* Por fim, se alguém cair no golpe avise imediatamente a Delegacia de Polícia

Confira a entrevista com o Delegado Eduardo Nardi: