Publicado em 02/07/2021 às 16:17
Raiva herbívora em Palmitinho: doença pode ser letal e é prevenida com vacinação
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul emitiu, na semana passada, alerta sanitário para raiva de herbívoros – causada pelo morcego hematófago Desmodus rotundus a herbívoros – e está orientando os produtores rurais a vacinar ou revacinar o rebanho para prevenir a doença. Entre os 17 focos encontrados em 13 municípios do Estado, um foi identificado em Palmitinho.
Na última quinta-feira, 1º de julho, a responsável pela Sala de Vacinas da Secretaria de Saúde de Palmitinho, enfermeira Berenice Lopes e o coordenador de Vigilância Ambiental da 2ª Coordenadoria Regional de Saúde (19ª CRS), o médico veterinário Mauro Dornelles, participaram da programação da 104,3 FM e destacaram os procedimentos adotados diante do caso constatado no município.
Dornelles explicou que gatos e cachorros da propriedade e arredores, de onde foi identificado o caso de raiva herbívora foram, vacinados para evitar a propagação do vírus. O médico veterinário informou que o animal que morreu de raiva é de uma propriedade localizada no limite dos municípios de Palmitinho, Vista Alegre e Taquaruçu do Sul, por isso, esses municípios são considerados com possível evolução de focos.
Ainda de acordo com Dornelles, o vírus da raiva herbívora é transmitido, somente, através da saliva dos animais e não no consumo de produtos como leite e carne.
Já a responsável pela Sala de Vacinas, disse que todos os membros da família da propriedade onde o animal morreu foram vacinados contra raiva herbívora, mas as doses são aplicadas em quatro etapas. Berenice fez um alerta: a raiva é uma doença letal e somente a vacina pode prevenir a doença.
A enfermeira relatou como saber se um cachorro está com raiva. A orientação é deixar o animal amarrado por dez dias. “Se neste período, o animal não apresentar nenhum sintoma não está contaminado. Porém, se nesse intervalo de tempo o animal desaparecer, apresentar comportamento estranho ou morrer, mesmo que seja atropelado por um veículo, o dono e familiares precisam ser vacinados contra a doença”.
Berenice alertou ainda que a Secretaria Municipal de Saúde não possui doses disponíveis da vacina contra raiva herbívora. Quando identificado um caso é necessário encaminhar uma notificação para a 2ª CRS que envia as doses para aplicação.
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