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Atualizado em 25/11/2020 às 20:33
Adiós, Maradona
Diego Armando Maradona Franco faleceu nesta quarta-feira, 25 de novembro, aos 60 anos de idade, após sofrer uma parada cardiorrespiratória, na sua residência, na cidade de Tigres, próximo a Buenos Aires.
Falar de Maradona é difícil. Ainda mais pra mim, que não o vi jogar. Mas acredite, eu sempre pesquisei muito sobre Maradona e sou até suspeito pra falar dele.
No meu imaginário pessoal, ele é o maior jogador de todos os tempos. É algo muito pessoal. Claro, que a comparação com Pelé ou mesmo com Messi, é algo que obviamente existe, mas eu não sou de comparar, cada um teve o seu momento, a sua importância, suas conquistas. Mas, o meu predileto é Maradona.
Ver Maradona jogar é imaginar que tudo é possível. Ele é aquele jogador que tinha tudo para dar errado. Baixinho, sempre lutando para se manter no peso, Diego era aquele cara que se olhassem de cima abaixo, era o último a ser escolhido na pelada. Só que, neste caso, literalmente as aparências enganaram. Maradona levou consigo todos que um dia ouviram piadas sobre sua aparência, ou que não eram escolhidos no time da pelada. Todas essas pessoas vibraram quando o argentino deixava os zagueiros com o dobro do seu tamanho a ver navios, como se ele estivesse brincando no quintal de casa.
São essas coisas, que tornaram Maradona, tão grande como jogador e personagem. Sem falar nas Igrejas com seu nome, comuns na Argentina. As infinitas tatuagens estampadas em jogadores e pessoas que o idolatram, as bandeiras em estádios, ruas pintadas com sua foto e tudo mais que envolve o nome de Diego Armando Maradona.
Só que nem tudo são flores, é verdade. Maradona, infelizmente apesar de tudo, nunca foi bom exemplo para os mais jovens. Sem comprometimento, acabou viciado em cocaína. Lutou, foi pra reabilitação e venceu o vicio, entre várias recaídas. Inclusive, estava numa luta contra alcoolismo a muitos anos. É complicado, não da pra julgar as pessoas, cada um tem seus problemas, suas dores e a sua vida.
Só que apesar de tudo, a imagem que fica, ao menos pra mim, é a de um ídolo. E no mundo de hoje, onde temos cada vez menos ídolos, cada vez menos pessoas que nos fazem acreditar que sonhos são possíveis, é preciso, eternizar Maradona como uma dessas pessoas.
Vá em paz Dieguito! Obrigado!