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  • APAE de FW terá Centro de Atendimento ao Autista

    A entidade estará habilitada para atender os 26 municípios da 2ª CRS

    O sonhado Centro de Atendimento em Saúde (CAS) voltado às necessidades específicas das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), na APAE de Frederico Westphalen será uma realidade em breve. O governo do Estado assinou, na segunda-feira, 5, a portaria que criou outros 28 centros, inclusive o do município.

    A solenidade ocorreu no Palácio Piratini, com as presenças do governador Eduardo Leite e dos secretários da Saúde, Arita Bergmann, e do Esporte e Lazer, Danrlei de Deus.

    Com a ampliação o Rio Grande do Sul passará a contar com 51 CAS que atendem pessoas com TEA. Além disso, o Estado possui oito centros macrorregionais e 30 centros regionais que prestam o atendimento.  “Em 2023, tínhamos 23 unidades e estamos implantando mais 28. Agora, há cobertura em todas as regiões, e a meta é chegar a 60 unidades no fim do ano. Essa política pública significa um investimento anual de R$ 70 milhões do governo do Estado. Os depoimentos que recebemos de tantos pais e mães mostram a importância desse programa”, afirmou Leite.

    A coordenadora regional da Saúde, da 2ª Coordenadoria Regional em Saúde, (2ªCRS), Marly Vendrusculo comemorou a conquista da região e parabeniza a equipe da APAE que mesmo após não ter sido contemplada continuou trabalhando para que a entidade pudesse fazer esse atendimento mais especializado. “A equipe é maravilhosa e foi incansável neste projeto. Em um primeiro momento foi contemplado somente Três Passos aqui da nossa coordenadoria e Frederico Westphalen ficou de fora, mas agora é uma realidade e nós sempre iremos apoiar iniciativas que busquem a qualificação e a aproximação dos atendimentos para a nossa população”, salientou.

    O presidente da entidade, Chester Francescatto, explica que esse serviço deve contar com, pelo menos, seis profissionais com formação em TEA e capacidade para, no mínimo, 1.200 atendimentos mensais. “Nós iremos atender os 26 municípios da coordenadoria, no mínimo 1.200 atendimentos de, no mínimo, 150 usuários distintos. O trabalho é de 8 horas diárias, 160 horas semanais com multiprofissionais que são: médicos, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, fonoaudiólogos, musicoterapeitas, psicopedagogo, enfim são 10 ou 12 que fazem parte de uma relação e teremos que ofertar no mínimo seis”, explicou.

    O ato em Porto Alegre foi a liberação dos novos centros, a partir de agora serão elaborados os contratos para assinatura entre governo e entidades. “Após assinarmos o contrato, temos 90 dias para começar os atendimentos”, salientou Francescatto.

    O programa

    O TEAcolhe foi lançado pela Secretaria da Saúde em 2021 e hoje representa uma retaguarda assistencial e de suporte técnico-pedagógico às equipes dos municípios por meio dos centros macrorregionais de referência. Os centros regionais, por sua vez, são destinados ao atendimento dos casos severos, graves e refratários da região, definidos por protocolo previamente estabelecido.

    Os CAS são serviços regionais especializados que acompanham pessoas com autismo em todo o seu ciclo de vida e estão distribuídos segundo critérios que consideram distribuição da população, demandas de assistência e atendimento, vazios assistenciais, judicialização, localização geográfica e serviços da rede. O programa exige um trabalho interdisciplinar, envolvendo várias secretarias, para que ações integrais de atendimento às pessoas com autismo e às suas famílias possam ser realizadas.

    Heloise Santi - Jornalismo Grupo Chiru
    No Ar: Canal Livre com Clomar Toledo 13:00 - 15:00

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