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Atualizado em 13/09/2024 às 10:57
Auxílio reconstrução atendeu cerca de 370 mil famílias no RS
Em relação aos planos de reconstrução dos municípios, apenas 78 apresentaram projetos até agora
Antes de encerrar o prazo para a extinção do Ministério da Reconstrução do Rio Grande do Sul, criado de forma extraordinária pelo Governo Federal no mês de maio o ministro responsável pela pasta, Paulo Pimenta, fez um balanço das ações do Governo Federal no estado.
Segundo o ministro, as ações federais para ajudar os gaúchos depois das chuvas e enchentes do final de abril e maio já se mostraram bastante importantes com destaque para as medidas que fizeram a economia do estado reagir antes das previsões com crescimento nos empregos, na indústria e no comércio.
– É fruto de uma estratégia. E a melhor forma de nós ajudarmos o Rio Grande do Sul é fazer com que a economia pudesse responder de forma efetiva. Então, foram mais de R$ 2 bilhões do auxílio reconstrução, mais de R$ 3 bilhões de antecipação do Fundo de Garantia, mais de R$ 5 bilhões entre antecipação de benefícios previdenciários e outras ações do governo. Mais de R$ 15 bilhões de crédito subsidiado. Tudo isso fez com que cerca de R$ 25 bilhões fossem investidos na economia do estado nos últimos 90 dias – disse.
Segundo o balanço do governo, o auxílio reconstrução no valor de R$ 5,5 mil tinha uma expectativa de atender 250 mil famílias, mas chegou a 120 mil a mais. E o Bolsa Família teve a inclusão de 67 mil famílias.
Pela primeira vez, o Minha Casa, Minha Vida foi usado em situação de calamidade para imóveis rurais; 2 mil unidades estão com recursos destinados. Outros 2,5 mil imóveis estão recebendo recursos separados para aquisição a partir da indicação das famílias.
Os dados de investimentos por município podem ser acessados no portal Brasil Participativo. Lá consta que foram destinados R$ 81,2 bilhões em recursos novos, R$ 11,2 bilhões em antecipação de benefícios e mais R$ 6,4 bilhões na prorrogação de tributos.
Já em relação aos planos de reconstrução dos municípios, apenas 78 deles apresentaram projetos até agora; faltam outros 375.
O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Goes, fez um balanço dos planos de trabalhos aprovados pela pasta. “Nós aprovamos pra cá, pela Defesa Civil Nacional, 972 planos de trabalho. Só nessas áreas de ajuda humanitária foram mais de R$ 1 bilhão. E temos 690 planos com uma concentração maior em reconstrução, e que no total, está em análise R$ 1,7 bilhão”.
Segundo o Governo Federal, 80 mil pessoas e 15 mil animais resgatados, 105 mil cestas básicas foram entregues.
Dos R$ 166 bilhões para vigilância à saúde, R$ 22 bilhões foram pagos. E 8 milhões de medicamentos e insumos foram entregues.
Busca de soluções
No evento, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, destacou como uma das medidas mais importantes a suspensão de pagamento da dívida do Rio Grande do Sul por três anos, proposta pelo governo federal e aprovada pelo Congresso Nacional. "São recursos importantes no estado, de uma riqueza que é gerada pelo povo gaúcho que acabava sendo dirigida, na forma da dívida, para Brasília, e que esse recurso vai ficar aqui para financiar obras de reconstrução e ativação econômica."
Ele reconheceu que, apesar das divergências políticas, sempre houve disposição entre os ministros do governo federal e o governo do estado na busca por soluções para os problemas decorrentes da tragédia. "Quero destacar, neste balanço que também encaminha o encerramento de uma etapa em que essa secretaria extraordinária cumpriu o papel, obstante tenhamos debates, houve e assisti do deputado Paulo Pimenta, na função, muita dedicação para ajudar a construir soluções e encaminhar temas importantes para o estado", afirmou, acrescentando que sempre houve diálogo com o governo federal.
"Isso tem que ser ressaltado para que a gente possa fazer o encaminhamento adequado às necessidades do povo gaúcho. E isso me deixa muito otimista, muito confiante nas soluções pela frente", completou.
No que se refere ao atendimento do estado, mesm ocom a extinção do atual ministério o Governo Federal já criou uma secretaria com as mesmas funções. A instância estará vinculada à Casa Civil, do ministro Rui Costa, e já tem data para extinção automática: dezembro deste ano. Maneco Hassen, ex-presidente da Famurs e ex-prefeito de Taquari, assume a titularidade da pasta.
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*Informações Agência Brasil