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Atualizado em 05/10/2016 às 07:52
Brasil - Greve dos bancários está perto de completar seu 30º dia sem previsão para encerramento
Nesta quarta-feira a greve dos bancários, que paralisa instituições públicas e privadas no Brasil, chega ao seu 30º dia. No 29º dia, 13.104 agências e 44 centros administrativos deixaram de atender o público. O número, informa a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-Cut), representa 55% do total de agências do país.
A marca de 30 dias de greve remete ao mesmo tempo da campanha de 2004, primeiro ano da mesa unificada de negociações entre bancos públicos e privados, lembra a Contraf-Cut. Em 1951 houve a mais longa greve da história dos bancários: 69 dias de paralisação.
Como não há nenhuma negociação na agenda entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o comando nacional grevista, a paralisação continua. No Rio Grande do Sul 1.058 agências fecharam, das quais 309 estão localizadas na Região Metropolitana de Porto Alegre.Segundo o comando nacional dos bancários, o motivo da duração da greve é o congelamento da proposta salarial dos bancos: 7% de reajuste ante inflação de 9,62% e abono de R$ 3,5 mil. A Fenaban ainda sugere acordo de reajuste para 2017 com reposição da inflação e mais 0,5 ponto percentual de aumento real.
Para o retorno ao trabalho a categoria exige da Fenaban índice de 14,78% (inflação mais 5% de aumento real), PLR de 3 salários mais R$ 8.317,90 e piso de R$ 3.940,24. Conforme o presidente do SindBancários, Everton Gimenis, “este ano os banqueiros fizeram uma aliança de compromisso com o governo Temer. A conversa deles é que aumento de salário pressiona a inflação. Por isso apostam em cansar o nosso movimento com uma oferta de reajuste abaixo da inflação”.
Fonte: Site Correio do Povo
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