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Atualizado em 30/06/2017 às 06:57
Brasília: Senadores gaúchos divergem sobre texto da Reforma Trabalhista
Os senadores do Rio Grande do Sul manifestaram opiniões diferentes ao projeto da Reforma Trabalhista, que foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado na noite dessa quarta-feira.
Paulo Paim (PT) acredita que o texto é imoral e desumano para o trabalhador brasileiro. Ana Amélia Lemos (PP) vê benefícios com as alterações. Já Lasier Martins (PSD) criticou o fato de a proposta passar pela CCJ sem alterações.
“É um quadro perigoso para o povo brasileiro. Eles não podem dizer que a CLT está arcaica, pois 85% já foi atualizada. Claro que tem que haver o reajuste, mas não do jeito que estão fazendo. Quem votou a favor não leu o projeto, e se leu, votou de má fé”, observou Paim. "“les têm votos para aprovar esta reforma que vai atingir mais de 100 milhões de brasileiros. A não ser que não haja grande pressão popular, pode ser que eles não aprovem”, disse.Ana Amélia (PP) enxerga vantagens tanto para o empregador quanto para o trabalhador: “Com a modernização, globalização econômica e tecnologia que veio alterar as relações de capital e trabalho, era necessário que houvesse uma atualização. Nenhum direito do trabalhador é mexido em relação as questões principais”, apontou. “Ela não vai ficar facilitada , mas vai atender as exigências de hoje.”
Sem defender um posicionamento sobre a reforma, o senador Lasier Martins (PSD) criticou que o projeto tenha passado pela CCJ sem nenhuma alteração para ir ao plenário na próxima terça-feira. “Eu não rejeito inteiramente o projeto do governo, mas a tendência é passar como veio da Câmara dos Deputados. O Senado não mexeu em nada. Eu tive uma grande discordância que deveríamos exercitar a nossa autonomia para alterar alguns pontos”, relatou. “Ingressei com cinco mudanças, mas não foram acolhidas. Das 600 e poucas emendas, nenhuma foi acolhida pelo relator Romero Jucá (PMDB-RR)”, criticou.
De acordo com ele, a expectativa é de que o projeto seja aprovado pela maioria dos senadores. “A oposição não tem número suficiente para mudar alguma coisa no plenário”, projetou.
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