Saúde
Atualizado em 23/08/2022 às 09:05
Campanha alerta para ameaça de retorno da paralisia infantil
Ressurgimento de casos onde poliomielite estava erradicada preocupa
A Sociedade Brasileira de Imunizações lançou, nesta segunda-feira, uma campanha para reforçar a importância da vacinação contra a Paralisia infantil. A iniciativa quer alertar a população para o perigo da volta da poliomielite, com a queda da cobertura vacinal de crianças.
A campanha “Paralisia infantil - a ameaça está de volta” será realizada exclusivamente on-line, ao longo de 45 dias. As peças informativas, vídeos com especialistas e depoimentos de duas pessoas que sofrem com as sequelas da pólio podem ser vistas nas redes sociais e sites da entidade e de apoiadores, entre eles, a Fundação Oswaldo Cruz e o Unicef, Fundo das Nações Unidas para Infância.
Apesar de o país não ter casos desde 1989, o cenário preocupa, com registros recentes da poliomielite em outros países, como Estados Unidos e Israel. A Organização Pan-Americana da Saúde inclusive classifica como ALTO o risco de retorno da doença no Brasil.
Segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações, o recuo da vacinação contra a Pólio no país começou em 2016. E as taxas de cobertura se tornaram ainda piores após o início da pandemia de Covid. Em 2021, de acordo com dados do Datasus, 30% das crianças menores de 1 ano não foram imunizadas, 40% não receberam o reforço do primeiro ano de vida e 55% não tomaram o reforço dos 4 anos.
O presidente da entidade, Juarez Cunha, avalia que como a doença foi erradicada justamente por causa das vacinas, muita gente relaxa com a imunização dos filhos.
O vírus da poliomielite é transmitido pelo contato direto entre pessoas; por via fecal-oral; por objetos, alimentos e água contaminados ou por gotículas de secreções expelidas durante a fala, tosse ou espirro.
A campanha nacional do Ministério da Saúde, iniciada no último dia 8 com previsão de seguir até 9 de setembro, está vacinando todas as crianças menores de cinco anos.
O objetivo é alcançar uma cobertura vacinal de 95% desse público.
*Com informações da Agência Brasil