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  • Casal é encontrado morto, homem concretado e mulher presa no banheiro

    Crime com requintes de crueldade ocorreu em Ijuí, caseiro seria o principal suspeito

    A Polícia Civil de Ijuí investiga um crime com requintes de crueldade registrado na cidade. O homem que estava desaparecido desde o dia 7 de setembro foi encontrado enterrado e concretado na quarta-feira, 9 de outubro, no quintal da casa em que vivia na cidade de Ijuí. A esposa dele foi encontrada morta, um dia antes, na terça-feira, 8 de outubro, com o corpo em avançado estado de decomposição, trancada no banheiro do imóvel.

    Após a localização de dois corpos, um familiar das vítimas e caseiro da residência do casal morto é apontado como principal suspeito. As informações ainda são preliminares, mas os delegados Ricardo Miron e Antônio Soares apontam que a principal linha de investigação é um duplo homicídio.

    O corpo da mulher, identificada como Rosangela Teresinha Prater Antonello, 55 anos, estava trancado em um banheiro em avançado estado de decomposição. Segundo a Brigada Militar, a porta do local estava parafusada e tinha silicone nas frestas. Ela foi encontrada por volta das 22h30. 

    Na tarde desta quarta-feira, por volta das 15h15, ao vistoriar a residência, a Polícia Civil encontrou uma cova com o corpo do possível companheiro dela, Ademir dos Santos Silva, 43 anos, coberto de concreto.

    Na casa, a polícia apreendeu uma arma, cartuchos e munições. O sobrinho de Rosângela, que trabalhava como caseiro no local, chegou a prestar depoimento e foi liberado na noite de terça-feira. Ele alegou que as armas seriam do dono do imóvel e que ele estaria no local apenas para cuidar da residência e de cachorros que havia lá. Com isso, aliada a ausência de provas, ele foi liberado. Na tarde desta quarta, porém, foi detido e é tratado como suspeito.

    O trabalho pericial está sendo feito e irá apontar como se deu a morte do casal. Vizinhos apontavam que o rapaz informava que o casal estaria viajando para tratamento de saúde, por isso não havia registro de desaparecimento. Mas, o empregador da mulher relatou que não conseguia contato com ela há cerca de 30 dias.

    Em coletiva de imprensa, o delegado da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Antônio Soares, afirma que a polícia trabalha com uma linha de homicídio doloso com relação as duas vítimas.

    — O rapaz, que seria caseiro do local e não residente, foi ouvido ontem como testemunha, prestou esclarecimentos e foi liberado porque não havia situação de flagrante em relação a ele e nem elementos suficientes para a prisão no momento. Ele foi novamente ouvido, e após as principais diligências do dia, se tornou o principal suspeito do fato — afirma.

    O delegado também afirmou que não havia cheiro característico de um corpo em decomposição na residência. A Polícia Civil deve solicitar a prisão preventiva do homem e investiga o caso. 

    A identidade do casal ainda não foi confirmada pela perícia. A motivação do crime também é investigada. O rapaz preso nega as acusações.

    *Com informações GZH e Rádio Progresso

     

     

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