Segurança
Atualizado em 06/08/2020 às 11:20
Caso Inês Ribeiro: trio é denunciado por latrocínio e roubo majorado
Penas podem passar de 30 anos de detenção
O Ministério Público (MP) ofereceu denúncia contra três pessoas envolvidas no assalto a uma joalheria em Ametista do Sul em 2 de julho deste ano que vitimou a empresária Inês Ribeiro, 51 anos.
Danilo Pereira, 23 anos, Evandro Lazarotto Dutra, 22 anos, e Vagner de Souza Lima, 29 anos, vão responder por latrocínio com agravantes de ter sido cometido entre duas ou mais pessoas e com emprego de arma de fogo. Também foram denunciados por roubo com agravante de ter sido cometido com emprego de arma de fogo.
Conforme o promotor de Justiça Valmor Júnior Cella Piazza, o trio entrou no estabelecimento localizado na Avenida Brasil, Centro de Ametista do Sul, e mediante violência e grave ameaça, exercida com o emprego e disparo de arma de fogo, subtraíram para si, bens e joias pertencentes a Inês Ribeiro de Gregori, vítima fatal e proprietária do estabelecimento. "Eles ordenaram que a empresária e uma funcionária se dirigissem para os fundos e abrissem o cofre. Enquanto Danilo colocava os objetos em uma bolsa, Evandro permanecia com o revólver apontado para as vítimas - especialmente em direção à cabeça de Inês -, exigindo que abrisse o cofre. Mesmo tendo a empresária obedecido, ele efetuou disparos, um ou mais, um deles atingiu o pescoço dela, causando o ferimento que lhe custou a vida. Antes de fugir, o trio roubou, ainda, o celular da funcionária", relatou o promotor.
De acordo com Piazza, as funcionárias, em depoimento, reforçaram que a orientação da patroa era nunca reagir a assaltos e nas imagens das câmeras fica comprovado que nenhuma delas reagiu. "Eles alegam que foi um tiro acidental mas, temos a impressão que foram dois disparos, o que refuta essa tese, sem contar que eles estavam visivelmente nervosos durante a ação e pediam para a vítima não acionar o alarme, no momento em que a Inês coloca a mão em alguma coisa é que é efetuado o disparo que lhe atinge no pescoço", reforça.
Durante as buscas, Danilo foi capturado nas proximidades de Linha Alta, interior de Ametista do Sul, onde também estava o veículo utilizado na fuga, incinerado. As joias foram localizadas em uma sacola escondida em um roupeiro na residência da mãe de Vagner. Elas foram avaliadas em R$ 37.410,00. Para o promotor, Vagner atuou no planejamento, na organização e na logística do crime, que pode ter vinculação com organização criminosa que atua na região.
Os três estão recolhidos no Presídio Estadual de Frederico Westphalen.
Outros envolvidos
A mãe e a companheira de Vagner seguem sendo investigadas para investigar as reais e eventiais circunstâncias da participação destas no crime.
*Com informações Ascom/MP