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Atualizado em 22/06/2016 às 09:49
CCJ da AL-RS aprova relatório sobre cassação do mandato de Jardel
Foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, na manhã desta terça-feira (21), o relatório favorável à cassação do deputado estadual Mário Jardel (PSD). O relator, deputado Elton Webber (PSB), fez a leitura do documento, que recebeu aprovação unânime, por 11 a 0. Agora, a cassação será votada em plenário. A reunião estava marcada para começar às 9h, mas foi suspensa temporariamente devido a um pedido de vista da defesa de Jardel, que alega que o ex-jogador do Grêmio não foi ouvido pela Comissão de Ética, que aprovou o relatório antes da CCJ. “Ele não foi ouvido em nenhum momento do processo. Ele estava de licença de saúde autorizada pela Casa, por 30 dias, e depois por 60 dias. A própria Casa autorizou”, afirmou o advogado Rogério Bassotto. Depois de debates e discussões, pouco depois das 11h, o relator, deputado Elton Webber (PSB), deu início à leitura do texto. Além disso, a defesa questionou a atuação do relator. Segundo o advogado, Webber não poderia dar o parecer na CCJ, porque já havia se manifestado favorável à cassação de Jardel na Comissão de Ética. O parlamentar, porém, se defendeu e disse que a Casa seguiu o que diz o regimento. “Nos debruçamos sobre este trabalho, obedeceu todos os critérios. Até para ser lido o mais rápido possível”, ponderou Webber. Depois de passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o relatório irá a plenário, onde os deputados decidem se Jardel vai ou não perder o mandato. Em reunião no dia 8 de junho, a Comissão de Ética votou e decidiu pela cassação. Jardel foi denunciado pelo Ministério Público em fevereiro deste ano por vários crimes, como organização criminosa, peculato e uso de documento falso. O deputado é acusado de manter funcionários fantasmas em seu gabinete, exigir parte do salário dos assessores e desviar dinheiro da Assembleia Legislativa, mediante apresentação de notas fiscais frias, para comprovar gastos de assessores que nem chegaram a viajar. G1/RS Douglas Biguelini - Jornalismo Grupo Chiru Comunicações