Geral
Atualizado em 08/10/2019 às 07:44
Comarca de FW adere a greve do judiciário
Movimento iniciou no dia 24 e todas as comarcas da região já aderiram
Prestes a completar duas semanas de mobilização dos servidores do judiciário no Rio Grande do Sul, nesta segunda-feira, 7, a Comarca de Frederico Westphalen, que atende também Caiçara, Palmitinho, Pinheirinho do Vale, Taquaruçu do Sul, Vicente Dutra e Vista Alegre, aderiu ao movimento.
De acordo com o oficial escrevente da comarca Giovani Cenci Panassolo, a categoria busca um diálogo com a administração do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul a fim de negociar e até mesmo apresentar suas reivindicações. “O movimento foi deflagrado durante assembleia geral convocada pelo Sindicato e tem adesão da grande maioria dos servidores pois tem como principal reivindicação a transformação dos cargos de Oficial Escrevente em Técnico Judiciário e não a extinção do cargo como prevê um projeto de lei do próprio TJ”, comentou.
O Sindicato dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul (Sindjus/RS) diz que estão ameaçados mais de 5 mil cargos de oficiais escrevente, o que representa cerca de 60% da mão de obra do Poder Judiciário. “Além disso buscamos um plano de carreira para todos os servidores, os antigos e novos, independente do cargo; reposição das perdas inflacionárias entre julho de 2015 e setembro de 2019, majoração dos valores pagos de auxílio-alimentação e auxilio-condução e também o cumprimento da determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no que se refere ao auxilio-saúde. preocupa-nos também a possibilidade de ter os nossos vencimentos diminuídos em 21% como proposto”, reforçou Panassolo.
Com a adesão da comarca de Frederico Westphalen e Seberi nesta manhã, 100% dos Fóruns da região já aderiu ao movimento. Os primeiros foram Rodeio Bonito e Iraí, seguidos de Palmeira das Missões, Planalto, Três Passos e Tenente Portela. A estimativa do Sindicato é que 70% dos servidores e comarcas já aderiram ao movimento.
As comarcas mesmo em greve estarão mantendo os 30% dos servidores em atendimento, para cumprir o mínimo previsto na legislação. “Pela natureza das nossas funções temos o dever de manter 30% das atividades para o regime de urgência, que são os processos de alimento, de réu preso, da infância e juventude e alguns outros casos que não podem parar. As audiências, também, por decisão dos juízes serão mantidas”, salientou o servidor.
Ato unificado
Nesta terça-feira, 8, acontece um Porto Alegre um Ato unificado estadual dos trabalhadores do Judiciário e Ministério Público seguido de assembleia geral extraordinária. O ato terá início às 9h, em frente ao prédio da sede do Ministério Público estadual (Av. Aureliano de Figueiredo Pinto, 80 – Praia de Belas); a partir das 9h45, ocorre o deslocamento até o Tribunal de Justiça do RS e, às 10h30, caminhada em direção à Assembleia Legislativa. Na oportunidade, acompanharemos a reunião de líderes das bancadas, visando barrar a inclusão do PL 93/2017 na pauta de votação do dia. Na parte da tarde, a partir das 13h30min, será realizada Assembleia Geral Extraordinária na Praça da Matriz, em frente à Assembleia Legislativa do RS, com pauta única: avaliação e deliberações acerca do movimento grevista.
Além da pauta de reivindicações da greve dos(as) servidores(as) do Poder Judiciário, estará em debate juntamente com os(às) servidores(as) do Ministério Público contra as ADI’s que questionam as reposições salariais de 8,13% (governo Sartori) e 8,69% (governo Rigotto) que, se julgadas procedentes, poderão ocasionar a perda de até 21% na remuneração dos(as) trabalhadores(as).
Os servidores das comarcas da região estarão indo em caravanas para participar da atividade na capital do Estado.
Confira a entrevista completa