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  • Começa o enfraquecimento do El Niño, aponta a MetSul

    Área de referência para o fenômeno apresentou queda de temperatura de dezembro para janeiro

    O fenômeno El Niño, de 2023-24, começou a perder força, segundo informações da MetSul Meteorologia. A combinação da análise de dados de temperatura do mar com projeções de modelos indicou que é alta a probabilidade de que o pico do evento já foi alcançado. A partir de agora, a tendência é de que o enfraquecimento ocorra de forma gradual.

    O último boletim semanal sobre o estado do Pacífico da agência climática dos Estados Unidos, publicado nesta segunda-feira, apontou que a anomalia de temperatura da superfície do mar era de 1,7ºC na denominada região Niño 3.4, no Pacífico Equatorial Centro-Leste.

    A área é utilizada oficialmente na meteorologia como referência para definir se há El Niño e ainda avaliar qual a sua intensidade. O valor positivo de 1,7ºC está ainda na faixa de El Niño forte (+1,5ºC a +1,9ºC). A denominada região Niño 3.4 esteve brevemente com anomalias em patamar de Super El Niño por duas semanas seguidas com registros de +2,1ºC na semana de 22 de novembro de 2023 e +2,0ºC na semana de 29 de novembro.

    Então, caiu abaixo de +2,0ºC com registro de +1,9ºC na semana de 6 de dezembro de 2023. Na semana de 13 de dezembro, retornou ao patamar de Super El Niño com +2,0ºC. O valor se manteve nos boletins semanais de 20 e 27 de dezembro de 2023. Neste mês, agora, os boletins semanais da NOAA indicaram anomalias de +1,9ºC nas semanas de 3 e 10 de janeiro e anomalias de +1,7ºC nas semanas de 17 e 24 de janeiro.

    Ou seja, o valor atual da região Niño 3.4 está 0,4ºC abaixo do pico alcançado no mês de novembro. Por outro lado, a região Niño 1+2, está com anomalia de +0,7ºC. O El Niño costeiro, junto aos litorais do Peru e Equador, teve início no mês de fevereiro e atingiu o seu máximo de intensidade durante o inverno. A maior anomalia de El Niño costeiro na região Niño 1+2 neste ano se deu na semana de 19 de julho com 3,5º C.

    O fato de o El Niño ter atingido o seu período de pico no final do ano e no começo de 2024 não significa que o máximo dos seus efeitos ocorra nesta época do ano. No caso do Sul do Brasil, por exemplo, os seus efeitos são maiores na chuva com excessos na primavera, exatamente como ocorreu.

    *Fonte: Correio do Povo 

     

    Helena Knob - Jornalismo Grupo Chiru
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