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Atualizado em 01/04/2020 às 07:58
Comércio gaúcho não poderá abrir até dia 15
O decreto não permite decisão contrária pelos municípios
O governo do Estado determinou, nesta terça-feira, 31, o fechamento de todo o comércio, em todo o Rio Grande do Sul, até o dia 15 de abril. A decisão foi anunciada no final da noite, via transmissão ao vivo, pelo governador Eduardo Leite, e será publicada nesta quarta-feira 1° de abril em edição extra do Diário Oficial do Estado e deverá ter validade a partir disso.
No anúncio, o governador destacou que a medida é necessária, pois muitos municípios estavam relaxando nas medidas de restrição. Segundo Leite, o crescimento dos casos em todo o Rio Grande do Sul é um indicativo de que o momento de retomada das atividades ainda não chegou. "É justamente agora que devemos ser mais rigorosos e não afrouxar restrições. Concluímos, com base em dados da evolução do vírus e estudos técnicos, que esta é a hora de estabelecermos a uniformidade nas restrições ao contato no Rio Grande do Sul. Estamos vendo mais pessoas e mais municípios nos quais o contágio se confirma e precisamos manter esses cuidados para termos mais tempo para fortalecer a nossa rede de atenção hospitalar", explicou Leite.
O decreto é soberano em todo Estado e não permite uma decisão contrária municipal, por exemplo. Os municípios que permitiram a reabertura do comércio nos últimos dias terão que voltar atrás da decisão.
O que funciona
Serviços essenciais, que garantem alimentação, telecomunicações, saneamento básico e cuidados médicos, além da atuação de outros profissionais que são considerados imprescindíveis e também dos setores responsáveis pela assistência a esses serviços, estão mantidos, conforme já estabelecido nos decretos já publicados nas últimas semanas. A indústria e a construção civil também estão liberadas para seguir operando, mas com a ressalva de que as prefeituras podem analisar essa determinação de forma independente. "Também está mantido o funcionamento de toda uma cadeia produtiva para garantir alimento, saneamento, energia e cuidados médicos seguirá. Assim como a logística para caminhoneiros trafegarem sendo atendidos, em postos de gasolina e redes de conveniência nas estradas. Vamos garantir que o Estado siga funcionando em condições mínimas."
O governador voltou a explicar que, nas próximas semanas, o Estado deve receber kits de testagem, testes rápidos, respiradores para UTI e outros equipamentos que auxiliarão no tratamento das pessoas que tenham a Covid-19.