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  • CPERS - Está encerrada a greve do magistério

    A greve dos professores estaduais do Rio Grande do Sul foi encerrada por voto da maioria na assembleia da categoria realizada nesta sexta-feira (8). Após mais de dois meses de paralisação, os professores e funcionários de escolas estaduais devem retornar às atividades a partir da próxima segunda-feira (11).

    Durante a manhã, o conselho do CPERS, sindicato que representa a categoria, já havia deliberado pelo fim da greve. "A suspensão da greve não é necessariamente a suspensão da luta", disse a vice-presidente do sindicato, Solange Carvalho. Segundo ela, o conselho também estabeleceu um calendário de atividades, com ações previstas para se posicionar contra medidas do governo, como o escalonamento dos pagamentos, o parcelamento de 13º, a reestruturação do IPE, entre outras.

    No entendimento de Solange, o governo está intransigente. "Precisamos readequar o movimento", apontou ela. Cerca de 3 mil professores e funcionários ainda estavam em greve, iniciada no dia 5 de setembro, segundo o sindicato, que conta com 85 mil associados. A greve chegou a ter 7 mil adesões.

    Segundo a Secretaria Estadual de Educação, 17 escolas estavam totalmente paralisadas, e 311 parcialmente, totalizando menos de 1% de um total de 2.545 de instituições.

    Inicialmente, a ideia do CPERS era encerrar a greve quando os salários fossem quitados. Até o mês de setembro, o governo parcelava os vencimentos dos servidores, medida que foi modificada quando o escalonamento por valores foi instituído.

    Porém, a entidade reagiu após o Piratini informar que cortaria o ponto dos grevistas e obteve uma liminar na Justiça proibindo a medida. A greve então seguiu.

    Pouco antes de o movimento completar seu primeiro mês, a Secretaria Estadual de Educação anunciou que substituiria os servidores paralisados com contratos emergenciais para conseguir cumprir o ano letivo. A categoria reagiu, e o conflito se acirrou, com a continuidade da greve.

    O governo do estado ainda orientou a transferência de alunos para escolas que não tivessem aderido à greve, e também solicitou que professores aposentados voltassem à sala de aula como voluntários, em tentativas de amenizar os efeitos da paralisação.

    Em novembro, o governo encaminhou proposta aos professores, em uma tentativa para encerrar a greve, mas assembleia posterior decidiu pela permanência, ao contrário do decidido pelo conselho do sindicato na ocasião, que havia deliberado pelo fim da greve.

    Jornalismo do Grupo Chirú.

    G1 RS.

    Jornalismo Grupo Chiru
    No Ar: Corujão com . 23:00 - 00:00

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