[Crônica]GRÊMIO 3X0 UNIÃO FREDERIQUENSE – Um Jogo para aprender

Escrevo agora minha opinião sobre a estreia do União no Campeonato, assim como o farei após as outras partidas no decorrer do torneio. Em meio a vários fatores, julgo positiva a primeira participação do União Frederiquense no Gauchão! Com certeza não aconteceu o que nós esperávamos e nem foi uma atuação de brilhar os olhos. Pelo contrário, foi uma decepção assistir o primeiro tempo da partida. Mas é como minha mãe me dizia quando eu era menor (e ainda diz, claro):” Tudo que eu falo agora, você vai lembrar e me agradecer um dia. As coisas ruins acontecem para a gente aprender a lição”. E que assim seja. O União foi vítima de muitas situações adversas e cometeu grandes erros na partida. Por isso mesmo é que eu penso que a derrota influenciará para um aprendizado e uma nova postura nos próximos enfrentamentos. Daí a parte a boa. Logicamente, temos que avaliar as condições de todo o ambiente, o adversário e a ansiedade, que mesmo tendo sido minimizada, esteve presente no semblante dos atletas. Começando na zaga: Marcelão jogou atrapalhado durante quase todo o tempo, errou passes, furou na marcação e não ofereceu resistência alguma aos atacantes do Grêmio. Talis seria uma boa alternativa de teste. No meio-campo temos grandes problemas: Jonas foi o mais vulnerável, distribuiu mal a bola, errou na marcação... Deixou um buraco no setor. Foi um gigante no amistoso contra o Cascavel e irreconhecível na estreia do Gauchão. Quem sabe, o próprio Bones – que jogou mais adiantado - ou ainda Almir, possam ter a oportunidade de mostrarem seu trabalho. Adílson não foi o mesmo nos primeiros minutos, mas talvez pudesse crescer junto com a equipe, caso não tivesse se machucado tão cedo. E Jéfferson só pôde pisar no gramado e já estava sendo substituído. Talvez estas duas perdas tenham sido cruciais para a má atuação da equipe no primeiro tempo, e isso traz o perdão aos demais, mesmo sendo difícil de engolir. No ataque, uma incógnita: Josiel não foi acionado na primeira etapa. Quando o encontraram, já no segundo tempo, quase matou o goleiro Marcelo Grohe. Porém, ali existe jogador de seleção, por isso o defensor fez milagre. Macaíba se esforçou bastante, teve atuação regular, mas finalizou muito mal. Então, fica a dúvida sobre o que podem fazer os dois nas próximas rodadas. Já Régis não rendeu o esperado, tendo dificuldade de apoiar e sendo envolvido facilmente pelos gremistas. Pode ser lapidado. Estes foram os principais destaques negativos do jogo. Vários, sim, mas repito, dadas as proporções trágicas que ocorreram no início do enfrentamento, e à grande dificuldade de encarar um campeão mundial. O Grêmio jogou bem entrosado, mas o União deu muitos espaços, portanto fica difícil referenciar a intensidade da equipe tricolor. O time frederiquense entrou assustado e foi surpreendido, não tanto pelos gols sofridos, mas pelas perdas. Mas, em meio a erros e ao aprendizado que ficou para o jogo de quarta, algumas situações me chamaram a atenção, assim como de todos que puderam assistir a partida. Talvez o goleiro Nícolas, mesmo intranquilo, tenha salvado o União de uma goleada maior. Eis um ponto a ser destacado. Agora, o que deve ser exaltada, negritada e discutida é a atuação do lateral Ronaldinho. Aliás, seria um erro chamá-lo de lateral, quando onde mais o jogador produziu foi no setor de meio-campo. Um dos melhores na Arena. O mais ativo do União Frederiquense. Bandeira foi imensamente feliz ao coloca-lo jogar em tal posição, e será um problema retirá-lo dali. Pena que faltou finalização, porém foi só o primeiro confronto e serve de base para as demais batalhas. A verdade seja dita, estamos esperançosos e torcendo para que tudo isso tenha sido apenas um susto ou caso natural da vida. A derrota para o Grêmio poderia ter sido maior, mas também o União perdeu algumas boas oportunidades de chegar ao gol. Quarta-Feira vem o Caxias, num jogo tão difícil quanto o primeiro, dado que o time da serra também perdeu. Mas que este seja um confronto onde possamos voltar para elogiar o desempenho dos profissionais, pois criticá-los não é o que realmente gostaríamos, todavia o fazemos pela honra da honestidade com nosso leitor e ouvinte.   Crônica- Eduardo Krais