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  • Demora na divulgação do Plano Safra 22/23 causa apreensão no setor do agronegócio

    “70% do alimento produzido no país vem da agricultura familiar”, disse o vice-presidente da Fetag, Eugênio Zanetti, durante entrevista ao Grupo Chiru nesta terça-feira (21).

    A demora na divulgação do plano safra 2022/2023 causa apreensão nas entidades que atual diretamente na agricultura. A Fetag, por exemplo, promoveu um debate, na semana passada, com lideranças políticas para ressaltar a importância dessa divulgação e de um plano que contemple as necessidades, principalmente da agricultura familiar.

    “70% do alimento produzido no país vem da agricultura familiar”, disse o vice-presidente da Fetag, Eugênio Zanetti, durante entrevista ao Grupo Chiru nesta terça-feira (21). Segundo ele são esperados valores a cima de R$300bi para contemplar todas as áreas do setor agrícola Brasileiro. “Sem o custeio da produção e sem os subsídios necessários para encarar uma produção agrícola, se torna impossível atuar no Brasil”, destacou.

    O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, destacou, ainda no mês passado, que o Governo Federal trabalha para apresentar um Plano Safra 2022/23 robusto, com recursos para apoiar a produção agropecuária do país a partir do segundo semestre deste ano.

    “Esse Plano Safra 2022/23 não é só nosso, mas mundial, por isso precisamos de um plano mais robusto para o Brasil poder exercer suas funções mais fortemente ainda. O Brasil já é um grande produtor e terá que produzir mais. Temos a responsabilidade de alimentar o mundo”, disse ao participar de audiência na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados.

    O ministro reforçou que a política deverá ofertar melhores condições de crédito à agricultura familiar, pequenos e médios produtores, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp).

    “Para o grande produtor, estamos fazendo instrumentos de financiamento privados importantes, que dá a ele condições de buscar mais alternativas. Já o pequeno e o médio têm o respaldo do nosso governo”, afirmou.

    Outro foco do Plano Safra 2022/23, segundo o ministro, é ser verde e azul, com crédito para adoção de práticas sustentáveis na produção rural e apoio ao desenvolvimento da cadeira produtiva da aquicultura e pesca no país.

    Conforme o ministro, se o plano permanecer com o montante de recursos destinado à safra passada, pode chegar a R$ 330 bilhões em crédito e R$ 22 bilhões a R$ 23 bilhões de recursos do Tesouro Nacional para equalização de juros em 2022/2023.

    O Plano Safra 2022/2023 está sendo elaborado em conjunto com o Ministério da Economia, representantes do setor e parlamentares.

     

    Com informações do Ministério da Agricultura

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