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Atualizado em 23/04/2016 às 09:38
Dilma afirma que golpe pode colocar "pessoas ilegítimas" no governo
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta-feira que é vítima de um processo "absolutamente infundado" e que não há contra ela nenhuma acusação de corrupção, ao contrário, segundo ela, de outros políticos em Brasília. "Eu nunca recebi dinheiro para me beneficiar", disse em entrevista a jornalistas no início da noite desta sexta-feira em Nova Iorque. "Quem assumirá os destinos do país? Pessoas ilegítimas, pessoas que não tiveram um voto para presidente da República? Pessoas que têm na sua trajetória acusação de lavagem de dinheiro, de conta no exterior, de processo de corrupção?", questionou Dilma durante a entrevista. Perguntada sobre como toda essa situação está afetando sua família, a presidente disse que preferia não comentar. "Não posso falar porque dói, dói muito." Dilma falou em diversos momentos de sua entrevista, que durou cerca de 25 minutos, sobre o que classifica de golpe para caracterizar o processo de impeachment que sofre no Congresso. "Aí falam que não é golpe. Não tem arma. Essa é uma visão incorreta do que é um golpe. Golpe é um mecanismo pela qual você tira as pessoas do poder por razões que não estão expressas nem na lei nem no acordo institucional em que o país vive", disse a presidente. Os golpes militares, disse Dilma, se deram rompendo a Constituição. "No meu caso, tem um jeito de dar o golpe. Basta a mão. Você rasga a Carta Constitucional e está dado o golpe. Rasga os princípios democráticos", afirmou. Correio do Povo Douglas Biguelini - Jornalismo Grupo Chiru Comunicações