Em 25 anos pelotão dos Bombeiros de FW tem a primeira mulher no comando

A corporação dos Bombeiros atua em Frederico Westphalen há quase 25 anos e pela primeira vez tem uma mulher no comando, a 2ª sargento, Adriane Weber Fioravante, assumiu o comando do pelotão durante a saída para férias do 1º Sargento Nilton Pedon.

Adriane ficará por 15 dias no posto em novembro e mais 15 dias em dezembro. “Para mim é uma honra muito grande poder estar assumindo esse posto, são muitos desafios também e uma grande responsabilidade, mas temos um grupo de trabalho maravilhoso que me auxilia muito e trabalha junto. A nossa função, bombeiro, é muito gratificante, não esperamos o reconhecimento quando fizemos nosso trabalho, mas salvar propriedades, salvar vidas não tem preço”, disse.

Sobre a mulher estar conquistando seu espaço dentro da corporação a sargento reforça que quando entrou ainda eram poucas. “Eu vou completar 21 anos na função, agora em dezembro, sou sargento há um ano e essa vontade surgiu quando acompanhei os bombeiros atendendo uma ocorrência na estrada e pensei, é isso que quero da minha vida. Na época eram só duas mulheres e a gente entrou rompendo barreiras de uma profissão majoritariamente de homens. A gente eu não digo que teve que provar muita coisa, mas se superar mostrar que não é só a força que faz a diferencia, mas também a técnica e que a mulher consegue ser bombeiro”, contou.

Natural de Santo Ângelo, Adriane está em Frederico Westphalen há quase cinco anos e é a segunda mais antiga no pelotão. “Antes de chegar em Frederico, completo 5 anos em fevereiro, atuei por 14 anos em Cachoerinha, na região metropolitana, uma cidade com muitas indústrias e consequentemente com ocorrências de grande porte, muitos atendimentos. Aqui é mais tranquilo, porém a gente consegue trabalhar bem e tem essa experiencia caso necessário uma ação em empreendimentos e ocorrências maiores”, comentou.

Em todo o Rio Grande do Sul, o efetivo feminino dentro dos Bombeiros ainda é pequeno, de acordo com Adriane são 220 mulheres, o que corresponde a 8% do efetivo gaúcho. Quando listado as que estão em posto de comando o numero é ainda menor. “Somos ainda poucas, mas a mulher bombeira é muito unida e a gente todos os anos vem buscando ampliar nosso espaço na profissão. Graças a Deus a aceitação dos colegas do sexo masculino está cada vez maior a gente trabalha de igual para igual, sem distinção. É um desafio sim coordenar, mas aqui a gente trabalha unido sem distinção”, reforçou.

Trazendo a gentileza da mulher e a racionalidade do homem na coordenação das ações Adriane disse que não se imaginava estar no comando, mas que está sendo gratificante e enriquecedora a experiência.

Acompanhe a entrevista completa e o vídeo abaixo