Emater estima colheita de 55 a 60 sacos de soja por hectare na região

Depois de períodos difíceis, o cenário da cultura da soja apresenta melhoras significativas e os produtores vão em busca do tempo perdido. No Rio Grande do Sul 80% das áreas de soja já chegaram à fase de germinação e desenvolvimento vegetativo.

No panorama regional, com cerca de 42 municípios, o momento é de reconstrução. O grão é a principal cultura local, tendo uma área de aproximadamente 420 mil hectares. Palmeira das Missões se destaca como o maior produtor da região e um dos grandes nomes do Estado no setor, com 110 mil hectares somente no município.

Em entrevista para o Grupo Chiru, o Gerente Regional Adjunto da Emater, Cleomar De Bona, destaca a expectativa de recuperação para a região e diz que o plantio está indo para a finalização. “Apesar do atraso, o cenário é promissor. A grande maioria da soja está em um ciclo de desenvolvimento vegetativo, uma parte está em floração e o restante, uns 20%, em enchimento de grãos”, destaca.

Considerado um ano atípico por conta das elevadas chuvas, os processos na cultura atrasaram. Em anos anteriores, as cultivares estavam sendo produzidas e trabalhadas para uma resistência à estiagem e não a chuvas. Depois de finalizada a primavera em dezembro e com a entrada do verão, os produtores puderam iniciar o processo de recuperação, já que após as chuvas, houveram problemas também com a germinação e muitos agricultores tiveram que fazer o replantio.

Segundo a Emater, a expectativa vai girar em torno de 55 a 60 sacos por hectare. “É uma expectativa que poderia ser melhor se o plantio tivesse ocorrido e quase finalizado ainda em dezembro. Esperamos que o agricultor consiga finalizar o plantio, fazer o monitoramento e controle de doenças invasoras e que possa ter um restante de ciclo melhor para recuperar o atraso devido às chuvas”, enfatiza De Bona.

O milho no cenário regional

O milho é uma cultura extremamente importante na região e representa um número significativo na área destinada a produção do grão. De acordo com gerente regional, se aproxima de 100 mil hectares.

“É uma área pequena perante a necessidade, já que, a região é uma grande consumidora do grão. Ainda é necessário vir muito de fora”, destaca. De acordo com ele, esse contexto se dá por questões complexas, como o preço, custo de produção, estrutura de armazenagem e de máquinas, que faz com que o produtor reduza a área e se envolva com outras culturas.

Segundo a Emater, a produtividade ficou baixa e varia muito. “Na nossa área temos lavouras de 40 sacos por hectares e temos lavouras com produtividade boa que passou de 170 sacos. Juntando as informações tiradas do levantamento feito pela nossa equipe em todos os municípios quinzenalmente, fechamos uma produtividade em torno de 90 e 100 sacos de média”, diz.