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  • Escola de Iraí desenvolve projeto para criação de abelhas sem ferrão

    Em parceria com um pai de estudante e produtor de mel, eles conseguiram resgatar a abelha Iraí

    Desenvolvido pelos estudantes do primeiro ano do Ensino Médio em turno integral do Instituto Estadual de Educação Visconde de Taunay, o projeto de meliponicultura resgata a criação de abelhas sem ferrão e traz para o município de Iraí a abelha que tem o mesmo nome da cidade.

    A proposta foi conduzida ao longo do ano de forma interdisciplinar, com orientação da professora Vanda Tonial Negrello e auxílio da família Eibel, que já trabalha com a produção de mel e replicação de colmeias de abelhas.

    A professora salienta que os estudantes realizaram várias atividades práticas durante a disciplina de Eletivas, desde o sugador de mel, desenvolvido a partir de um nebulizador em desuso, até a construção das “armadilhas” para captura das abelhas e das caixas definitivas. “Esse é o primeiro ano que temos turno integral na escola e, mesmo com aulas somente uma vez na semana, começamos, por meio da reciclagem, a fazer as casas temporárias. Na sequência veio a construção das caixas, com envolvimento das medidas e muita matemática, e o sugador, onde trouxemos a prática das aulas de física”, comentou.

    O projeto será desenvolvido ao longo dos três anos do Ensino Médio pelos estudantes, que foram responsáveis, inclusive, pela construção do local que servirá de abrigo para as abelhas. “A gente escolheu a cor azul por não ser tão agressiva para as abelhas, escolhemos com base em pesquisas também”, disse uma das estudantes envolvidas no projeto.

    O projeto tem como objetivo a criação, manejo e conservação dessas abelhas, que enfrentam riscos devido às enchentes e também ao uso de agrotóxicos.

    O meliponário conta com espécies como a Manduri, a Mandaçaia, a Jataí e a Iraí, sendo que a Iraí foi buscada no Paraná, pois já não era mais encontrada na região, apesar de todas elas terem a região como seu habitat. “Eles ficaram sabendo que a gente já trabalhava há dois anos com a meliponicultura e meu filho, principalmente, tem bastante conhecimento. Como eles não conheciam muito, buscaram a nossa ajuda e a gente foi ajudando-os, porque as abelhas são muito importantes nos nossos dias”, comentou Adriano Eibel.

    A família Eibel auxiliou os estudantes em todos os processos, desde a orientação para a construção das “armadilhas” até o cuidado, agora durante as férias. Nesse período, a família deverá levar as abelhas para sua propriedade e devolvê-las ao meliponário do educandário assim que o ano letivo de 2025 começar.

    Heloise Santi - Jornalismo Grupo Chiru
    No Ar: Boteco da Chiru com Gislaine Moraes 19:00 - 21:00

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