“Eu continuo treinador do Grêmio. Eu posso extrair mais desse grupo”, disse Renato

“Eu continuo treinador do Grêmio”, foi a primeira frase falada por Renato na entrevista coletiva depois da derrota contra o Cruzeiro. O treinador chegou a sua 32ª derrota nesta passagem à frente do Tricolor. “Infelizmente, em dois minutos tomamos dois gols [...] que mudaram a partida. [...] Ainda tivemos uma ou duas oportunidades para diminuir o placar, mas infelizmente saímos com mais uma derrota”, disse.

“Posso extrair muita coisa desse grupo ainda, mas a gente vem pagando por falta de atacante de área que façam gols”, lamentou o treinador, falando sobre as lesões de Diego Costa e André Henrique, além da falta de Soteldo. Sobre o atleta venezuelando, evitou comentar, apenas afirmando que vai ouvir o jogador: “Não adianta ficar falando A, B ou C. Ele deveria estar aqui, agora a gente vai ouvir o por que ele não estava aqui”.

“No momento em que a bola chega perto da área dos adversário, a gente consiga fazer o gol. tu vê que a gente vem criando, mas quando chega na frente do gol, não faz o gol”, Lamentou mais uma vez o treinador, mas agora, dizendo que “esse é o tipo de jogador que tá chegando”, referindo-se a chegada de Matías Arezo.

Renato voltou a falar que a situação do clube é ruim, mas temporário: “A gente vai sair dessa situação, sem dúvida alguma”. Perguntado se esta é sua pior situação como treinador do tricolor, Renato desconversou, mas afirmou que: “essa talvez seja a pior situação porque: Começamos mal o brasileiro [...] O Grêmio, infelizmente, está mais ainda nesta situação, por causa dos problemas que tivemos no nosso estado” acrescentou. “No momento é falar pouco e trabalhar, não adianta vir aqui e ficar dando desculpinha disso e daquilo”, completou.

Renato voltou a se defender, afirmando que a culpa é de todos: “Minha parcela de culpa é igual a de todo mundo. Não adianta apontar o dedo para A, B ou C, todo mundo é culpado, de presidente ao roupeiro, disse”.

Mais perto do fim da coletiva, Renato citou uma falta de vergonha na cara de parte dos atletas do grupo: “A gente cobra bastante do grupo. O exemplo que eu dei pra eles: eu moro em hotel, nos momento bons ou ruins, eu entrei e saio do hotel. Mas nos últimos jogos, tenho vergonha de entrar no hotel. Alguns também precisam ter vergonha na cara, tem que saber o tamanho do grêmio, aonde eles estão. Eles tem tudo, não falta absolutamente nada. Agora, tem que ter entrega dentro do campo. Esse toque já foi dado pra eles. Agora, eles precisam dar a cara a tapa. A partir de hoje, a gente teve essa conversa no vestiário, mas ter a vergonha na cara cabe a cada jogador. Acredito que vocês tenham família, eu falo por telefone com a minha família. E, mesmo assim, eu tenho vergonha. Se cada um, e todo mundo pode dar um pouquinho mais, juntamente com a força da nossa torcida, a gente vai sair dessa. Por isso que o clube está contratando, está reforçando o grupo e nossa diretoria e presidente estão de parabéns, porque não deixam faltar nada para a gente”, disse Renato.

Por fim, o treinador agradeceu a presença do torcedor. “O torcedor é a parte principal do Grêmio. O torcedor tá triste, mas a gente precisa da ajuda do nosso torcedor. Torcedor Pode vaiar, mas precisa vir no próximo jogo ao centenário para incentivar o time. Somente a gente vai sair dessa situação com o apoio do time [...] Se o torcedor não largar, as dificuldades vão aumentar”, disse. “O grupo não está 100% fechado comigo, o grupo tá 101% fechado comigo. Avisei a diretoria, se eu tiver atrapalhando eu sou o primeiro a sair”, finalizou.

“Eu garanto, to dando a cara a tapa de novo. Não tenho dúvida alguma de que o Grêmio vai sair dessa situação”, disse.

*Com informações do Correio do Povo