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  • Falta de Luz: Deputados cobram concessionárias sobre a demora no restabelecimento da luz após temporais

    Parlamentares integrantes da Comissão de Defesa do Consumidor e Participação Legislativa Popular ouviram, na manhã desta quarta-feira (8), na Assembleia, o gerente de serviços de rede da Rio Grande Energia (RGE), Ricardo Darlan. A empresa foi convidada a esclarecer as reclamações de consumidores com relação à demora no restabelecimento da energia elétrica após temporais em diversas cidades gaúchas. Presentes, os deputados Enio Bacci (PDT), presidente do colegiado, Gerson Burmann (PDT) e Valdeci Oliveira (PT). Contou dos esforços e mobilização para a recomposição do abastecimento após eventos climáticos, no começo e metade de outubro, e início de novembro. Segundo Darlan, foram três “episódios climáticos de vulto, causando estragos na rede tanto por impactos indiretos, como queda de vegetação sobre a fiação, como indiretos, como um raio na rede ou ventos derrubando torres de transmissão”, pontuou. Ainda conforme ele, as empresas têm a preocupação em estruturarem-se cada vez mais em preparação aos fenômenos do clima. Cada uma das concessionárias (RGE e RGE Sul) deverá ter investido R$ 1 bilhão em melhorias até o final de 2017, fim do atual ciclo de cinco anos, segundo determinação da ANNEL. Este é um dos componentes da atualização tarifária. “Isso significa mais robustez da rede, para que suporte cada vez mais as adversidades. São novas linhas, 10 novas subestações e a substituição de 80 mil postes, 40 mil a cargo de cada companhia”, explicou. Disse que os resultados positivos são crescentes, “mas claro que ainda não suficientes diante das catástrofes”, e descartou qualquer restrição de investimentos. De outra parte, apontou como dificuldade a falta de mão de obra para uma abrangência maior de ações. “Sim, há uma dependência física”, completou. Afirmou, no entanto, que logo após cada evento de clima toda a estrutura foi mobilizada, observando porém que não ocorreram eventos concentrados. “As torres de transmissão, por exemplo, que vieram abaixo, não puderam ser recompostas imediatamente, tendo em vista sua localização, em grande parte em pontos de difícil ou péssimo acesso”, recordou. Reiterou que as direções das empresas têm a consciência do sofrimento das comunidades em razão da falta de luz, insistindo que a preocupação é a melhoria nos trabalhos de atendimento. “Mas, em nenhum momento, repito, as estruturas disponíveis deixaram de ser acionadas”. Na sua intervenção, o deputado Burmann lembrou que a passagem do inverno para o verão ocasiona, historicamente, mudança de clima, com chuvaradas e vendavais. “E sempre que isso ocorre nos chegam inúmeras reclamações, queixas fortes quanto à lentidão no restabelecimento da luz, principalmente em comparação com as cooperativas, sempre mais ágeis”, destacou. Citou os transtornos em especial às pequenas comunidades, bem no interior, atingindo em cheio pequenos produtores. Além disso, agregou, a demora na volta da luz causa a falta de água como consequência. Solicitou ao representante das empresas empenho na resolução do problema e questionou quanto à regionalização dos serviços. Darlan reafirmou que as empresas trabalham para reduzir a tempos cada vez menores a falta de luz. “Nossa engenharia atua na ampliação da inteligência de rede, ou seja, procurando caminhos alternativos. Ainda são comuns, no interior, os sistemas radiais únicos. Ou seja, a queda de um poste em um local deixa sem luz outros na sequência”. Sobre a descentralização das atividades, informou que duas centrais, da RGE Sul, em São Leopoldo, e da RGE, em Caxias do Sul, têm avançado na identificação rápida dos problemas, operando sua resolução à distância. “Infelizmente, em alguns episódios pontuais, dependendo da força das tempestades, as dificuldades ainda são elevadas”. O deputado Valdeci Oliveira perguntou ao convidado se os prazos de concessão às empresas influenciava nos investimentos. “Existe uma política, das empresas, de postergar prazos para consertos em comunidades distantes”?, questionou. De outra parte, cobrou a ausência de representantes da RGE em audiência pública no dia 14 de setembro, em Montauri, quando a comunidade aguardou por explicações da empresa depois do temporal que trouxe estragos acentuados. O técnico esclareceu que não há ligação entre os ciclos (períodos) de cinco anos, já citados por ele, em investimentos ou calendário de obras. “E não há qualquer política de empresa determinando restrições nos locais de sinistro. Ao contrário. Há presença de consultores tratando das demandas nas cidades. A nossa ausência no evento trazido pelo deputado Valdeci foi um equívoco, e vamos avaliar”, afirmou. O deputado Enio Bacci destacou, na sua intervenção, que as queixas em relação à falta de luz acontecem sempre e não apenas depois de temporais. Ele perguntou ao técnico como as empresas estavam tratando a questão da colocação de postes em propriedades rurais, determinando ações judiciais e gastos, com influência nas tarifas. Ricardo Darlan confirmou que as trocas de postes, ou torres de transmissão, sempre são mais complicadas no campo. “Sempre vistoriamos a rede mas, nestes locais, em geral, os equipamentos são mais defasados. Já há previsão de trazer, para a via pública, a maior parte possível da rede, evitando intervenções judiciais futuras. Mas as situações são examinadas caso a caso”. Neste contexto, lembrou um dos maiores desafios por parte das empresas: a vegetação que acaba por invadir os espaços da rede. “Apesar dos apelos e fiscalização, acontecem plantios desordenados, atingindo a transmissão”, comentou, informando que o correto é que seja mantida faixa livre de seis metros a cada lado da rede. Ainda sobre a instalação de equipamentos em propriedades privadas, sublinhou que isso não pode ser feito sem autorização do proprietário. “A RGE, desde 1997, não colocou um só poste em terreno sem consentimento. Isso geraria, sim, ações judiciais”. Ainda em relação a outra pergunta do deputado Bacci, se a empresa tem o mapeamento dos locais com maior concentração de adversidades climáticas, Darlan reforçou que, mesmo com a evolução nas previsões – que avançaram muito nos últimos 10 anos, não se ponde antever onde será pior ou não, informando que após o atendimento de áreas prioritárias, como hospitais, abastecimento de água e forças de emergência, “todos os demais terão a mesma atenção, a partir das demandas que chegam”. Destacou, ainda, que, em épocas com situações climáticas mais tensas, “nosso pessoal não tira férias. O esforço é utilizado a pleno, sem restrições e sem contingenciamento. Todos estão em alerta, mas não podemos realizar deslocamentos preventivos, exatamente pela incerteza do evento”, explicou.   Jornalismo do Grupo Chirú.

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