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Atualizado em 11/05/2020 às 15:56
Folador: autorização para aumentar lotação de pocilgas e aviários é apenas paliativa
Segundo presidente da Acsurs, produtores não tem como alojar novos animais quando lote está pronto para abate
Nesta segunda-feira, 11 de maio, o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Folador, destacou que a autorização para aumentar em 30% a lotação em empreendimentos de suinocultura e avicultura de corte é apenas paliativa. A informação foi repassada aos ouvintes do Grupo Chiru no Comando Regional da AM 1380.
Na sexta-feira, 8 de maio, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) publicou no Diário Oficial a Portaria 41 que autoriza, em caráter excepcional, devido a pandemia do coronavírus, os empreendimentos de criação de suínos e aves a operar acima do limite de animais autorizado nas Licenças de Operação (LO).
Folador afirmou que esse pedido foi do setor industrial prevendo problemas que frigoríficos pudessem ter em virtude da pandemia. O presidente disse ainda que quando os suínos estão aptos para o abate, o suinocultor não tem como alojar mais animais no mesmo espaço e frisou que a medida ajuda em casos extraordinários, mas “não tem muita efetividade”.
MERCADO ATUAL
O presidente da Acsurs falou também sobre o mercado de exportação da carne suína. Segundo Folador, devido aos problemas sanitários causados pela peste suína africana, a China e Hong Kong, aumentaram o volume de importação do Brasil.
Atualmente, esses dois mercados exportam 70% do volume de carne suína brasileira. Folador fez um alerta que isso é perigoso para a expansão da atividade, já que o Brasil é dependente do mercado chinês, no que diz respeito à exportação.
- A todo momento se busca a abertura de novos mercados e oportunidades, mas, isso é difícil, pois todos os países importadores também são produtores de carne -, acrescentou.
Ainda de acordo com o presidente da Acsurs, a China deve levar ainda mais dois ou três anos para normalizar a produção interna, mas quando voltar à normalidade deve produzir como produzia antigamente em uma escala maior e com mais tecnologia e genética.
Pocilgas e aviários poderão operar com até 30% acima do limite de animais
Confira a entrevista completa: