Formação de Animadores em Educação do Campo para a Erradicação da Pobreza é tema de aula da Rede Escola de Governo no Médio Alto Uruguai

Dando continuidade às atividades no Médio e Alto Uruguai, a Rede Escola de Governo realizou a aula inaugural do curso Formação de Animadores em Educação do Campo para a Erradicação da Pobreza - Etapa II. A extensão complementa o aprendizado iniciado nas três primeiras turmas, que aconteceram também nos municípios de Lajeado do Bugre, São Pedro das Missões e Sagrada Família. Construído em parceria com a Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), o curso tem como objetivo fortalecer a mobilização e a organização das famílias para o exercício da participação cidadã e capacitar a população local para que produza e consuma produtos agrícolas agroecológicos de forma solidária, com sustentabilidade natural, econômica, social, política e cultural. A atividade contou com a palestra Alimentação Saudável X Qualidade de Vida, conduzida pela médica cubana Edelvis Morales Aguilar, integrante do programa Mais Médicos, do Governo Federal. Prefeitos e vice-prefeitos dos três municípios-sede das formações participaram da atividade. Alcides Ce da Silva, presidente do Consórcio Público Intermunicipal de Inclusão Social e Produtiva, e Olnei Pietrobell, prefeito de Lajeado do Bugre, assim como Domingos André Zandoná, vice-prefeito de São Pedro das Missões estiveram presentes. "Agradeço aos governos estadual e federal por possibilitarem que esse tipo de projeto aconteça. São governos que decidiram olhar para a pobreza e isso faz com que o Brasil esteja funcionando de outro modo. Apesar de muitos dizerem que existe crise, vemos muita produção, trator novo na lavoura e carro novo na garagem", enfatizou Zandoná. No palco, uma tuia cheia com sementes crioulas, verduras e frutas representou a colheita realizada nas mandalas agroecológicas, nas hortas orgânicas e nas lavouras orientadas pelos Animadores desses três municípios. A diretora-presidente da FDRH, Sandra Bitencourt, destacou o comprometimento das cidades. "Os governos desenvolvem políticas de acordo com seu projeto, sua visão de mundo, mas que só se efetivam se tiverem um campo fértil a partir do envolvimento das comunidades e dos municípios. O que acontece aqui é o resgate da cultura camponesa. O alimento não é tratado como uma mercadoria, que muitas vezes faz adoecer e empobrecer, mas é um modo de vida das famílias que produzem para outras famílias", destaca.   Poliana Grudka- Jornalismo Grupo Chiru Comunicações