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Atualizado em 05/06/2017 às 15:54
Governador Sartori e comitiva gaúcha visita usina de carvão no Japão
A usina Hitachinaka foi construída em um aterro, a cerca de 130 quilômetros ao Norte de Tóquio. A primeira entrou em operação em 2003. Hoje são duas linhas de produção e a planta está sendo ampliada. O carvão ganhou força como matriz energética no país após o tsunami que atingiu a usina nuclear de Fukushima, em 2011. Administradora do local e outras cinco plantas de carvão, a Tepco fatura US$ 16 bilhões por ano, com quase 34 mil funcionários - cerca de 340 na usina visitada pela missão gaúcha.
Lá, é utilizado no carvão utilizado a tecnologia Ultra Super Crítica, com uma eficiência térmica de 45%, a melhor do mundo, segundo os japoneses. A energia elétrica produzida na usina vai para geradores ao lado dos prédios e segue para residências e fábricas da região de Tóquio.
O que sobra das cerca de 5 mil toneladas de carvão que chegam ao porto de Hitachinaka - também construído sobre um aterro - são cinzas. Elas são armazenadas em uma área protegida por uma barreira de 18 metros de altura, em razão da cidade ficar localizada onde há muitos ventos. Duas vezes por dia, o acumulado é molhado para dificultar ainda mais que se espalhe.
Deste processo são gerados dois subprodutos da usina: as cinzas servem como matéria-prima para cimento - além de parte delas serem utilizadas no novo aterro que está sendo feito. E ao longo da produção, uma reação química faz o gás enxofre virar gesso, que também é vendido. O processo todo ocorre sem que haja fumaças negras jogadas ou fuligem se espalhando nas redondezas. Como compensação pela usina, foi criada uma área de lazer, com ginásios e campos, que são utilizados pela população das cidades ao redor.
Correio do Povo
Douglas Biguelini - Jornalismo Grupo Chiru Comunicações