Geral
Publicado em 22/10/2024 às 10:33
Governo inicia elaboração do Planejamento de Contingência para Desastres Socioambientais do Rio Grande do Sul
A iniciativa integra o Plano Rio Grande e abrange quatro eixos: logística, assistência social, comunicação e saúde
O governo do Estado iniciou a elaboração do Planejamento de Contingência para Desastres Socioambientais do Rio Grande do Sul, com apoio do Ministério Público e da Agência da ONU para Refugiados (Acnur). O lançamento ocorreu na última semana durante workshop realizado no Hotel Deville, em Porto Alegre. O evento reuniu gestores, servidores e representantes das instituições que integram as estratégias do planejamento.
Na véspera, o governo firmou as parcerias com a ONU e o Ministério Público para o desenvolvimento do planejamento, além de enviar à Assembleia Legislativa o Projeto de Lei sobre enfrentamento a desastres. Durante o workshop, as equipes foram divididas para a realização de discussões em grupo. O próximos passos das ações de enfrentamento foram pensados a partir de quatro áreas-chave: logística, assistência social, comunicação e saúde.
O vice-governador Gabriel Souza comentou como deverá funcionar esse plano de contingência, inclusive em parceria com os municípios. "Com o novo Planejamento de Contingência, teremos uma dimensão estratégica da qual sairão os protocolos para nos organizarmos diante de novos episódios e desastres que podem acontecer no Rio Grande do Sul. Todas as áreas do Estado terão tarefas a realizar, e a população pede por serviços cada vez mais eficientes e ágeis”. O vice-governador pontuou que a dimensão estratégica do planejamento busca agilidade, por exemplo, na organização de abrigos, doações e desobstrução de estradas.
Dados da ONU, que foi representada pela oficial sênior para Emergências da Acnur, Ana Scattone, mostram que entre 2012 e 2022, nas Américas, 2,6 milhões de pessoas foram forçadas a sair de casa, sendo 2,1 milhões motivadas por desastres. Da mesma forma, a organização ressalta que países com cobertura limitada de sistemas de alerta precoce têm taxas de mortalidade devido a desastres oito vezes maiores do que países com sistemas mais eficientes.
Todas as ações de contingência têm o acompanhamento da Secretaria da Reconstrução Gaúcha (Serg). A pasta é responsável por coordenar as ações do Plano Rio Grande, programa de reconstrução, adaptação e resiliência climática que propõe medidas para atenuar os impactos causados pelas enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul em 2024.