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Atualizado em 08/11/2017 às 09:39
Greve do magistério - CPERS e governo se reúnem para encerrar a paralisação
Representantes do governo do Rio Grande do Sul se reuniu na última sexta-feira com diretores do CPERS/Sindicato, que representa os professores da rede pública estadual, na sede da entidade, em Porto Alegre. Após o encontro, o Piratini encaminhou uma proposta à categoria para tentar dar fim à greve na categoria, que já dura dois meses.
No documento, o Executivo reafirma a necessidade de cumprir o calendário escolar assim que as aulas forem retomadas, e reforçou que os 45 dias de férias aos quais os professores têm direito não precisam ser necessariamente entre janeiro e fevereiro.
O governo também reafirma que não haverá punição aos grevistas, e que vai retirar da pauta da Assembleia Legislativa o projeto que muda o prazo de pagamento da folha dos servidores. Além disso, o Executivo diz estar buscando soluções para acabar com o parcelamento dos salários e pagar em dia o 13º.
Uma assembleia geral na próxima sexta-feira (10) definirá se a greve prossegue ou será encerrada. A reunião será realizada a partir das 12h30 no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho.
Segundo o Piratini, o documento tem pontos acertados durante o encontro, no qual os sindicalistas apresentaram uma contraproposta à oferta feita pelo Piratini na reunião realizada no dia 30 de abril. Na ocasião, o Executivo se propôs a pagar todos os professores em dia a partir da folha de dezembro, a ser paga no último dia útil do mês.
A medida, no entanto, tinha duas condições: obter o lucro esperado com a venda de ações do Banrisul e aderir ao plano de recuperação fiscal, que prevê o não pagamento da dívida com a União por três anos.
O governo também se comprometeu em não dispensar contratados temporários que tenham aderido à greve. E, por fim, a manutenção do artigo 35 da Constituição Estadual, que estabelece a obrigatoriedade do pagamento em dia dos salários. Uma proposta de emenda constitucional tramitava para cancelar esse artigo.As propostas foram levadas para a reunião do Conselho do CPERS, que manteve a greve e elaborou uma contraproposta.
Segundo a Secretaria de Educação, 2,8% das escolas estão totalmente paralisadas, e 30% apresentam greve parcial. O CPERS informa um dado diferente, contabilizando o número de profissionais, entre professores e funcionários, em paralisação: 60% aderiram a greve, segundo eles.
Jornalismo do Grupo Chirú.
G1.