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Atualizado em 01/12/2015 às 21:03
Inter aguarda antidoping e em caso de resultado positivo pode até cair
Os bastidores colorados irão ferver nas próximas duas semanas. Tudo porque, em virtude dos flagrantes feitos em Nilton e Wellington Martins, a comissão de controle de dopagem da CBF resolveu antecipar a aplicação de testes antidoping (exames fora de partida) em praticamente todo o grupo colorado na última terça-feira. Segundo Fernando Solera, chefe da comissão, não estava previsto para este ano, no Inter, a realização da bateria de exames. Em razão dos casos de dopingo de Nilton e Wellington, se antecipou para ajudar a CBF e o clube colorado a elucidar o caso. Fernando diz que os resultados devem sair em 10 dias e caso apareça algum outro resultado positivo, a CBF, irá adotar as medida cabíveis, como por exemplo a perda de pontos ou até uma eventual desclassificação. Ele explica que este ano os testes foram realizados em todo o elenco do Atlético-MG e do Bahia, por exemplo. É uma rotina, ele diz. Nilton e Wellington são denunciados no STJD Os volantes Nilton e Wellington foram denunciados na última quinta-feira pela procuradoria ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) após serem flagrados em exames antidoping realizados em setembro. Os processos devem entrar na pauta de julgamentos na próxima semana e cada um deles pode levar até quatro anos de suspensão. Os dois colorados testaram positivo para hidroclorotiazida e clorotiazida, sendo que Nilton teve resultado adverso em dois exames em um período de duas semanas. As substâncias apontadas não apresentam ganho de rendimento, mas são listadas como diuréticos e agentes mascarantes pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês). Conforme manda o Código Brasileiro de Justiça Desportiva, os dois estão suspensos provisoriamente por 30 dias, enquanto aguardam julgamento. Pelo que indica a denúncia da procuradoria, na defesa prévia os atletas alegaram que ingeriram as substâncias proibidas em suplementos alimentares, o que não minimiza o doping. "A utilização de um qualquer suplemento que contenha substância proibida, da mesma natureza da encontrada nos fluidos do atleta, configura doping intencional, trapaça, gera riscos para a saúde do atleta permitindo a aplicação da pena do tipo", escreveu a denúncia. A procuradoria pede a aplicação das penas previstas no artigo 19 da Norma da Fifa, que prevê a suspensão por até quatro anos. Eduardo Nervis Krais/ Jornalismo - Grupo Chiru Comunicações Correio do Povo