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Atualizado em 22/07/2014 às 12:10
Inter cogita proibir torcedores de entrarem no Beira Rio
Pelo menos desta vez, as autoridades e também os dirigentes prometem não deixar passar em branco o novo episódio da briga entre torcidas ocorrida em Porto Alegre. Tanto o Ministério Público quanto o próprio Inter devem agir para punir os participantes do episódio que destruiu a loja de conveniências de um posto de gasolina na avenida Borges de Medeiros, poucas horas depois da vitória colorada sobre o Flamengo, domingo, no estádio Beira-Rio. Os dirigentes se reunirão nesta terça-feira para determinar uma política para o problema. É provável que os 11 torcedores envolvidos, que pertencem à Guarda Popular e à Nação Independente, sejam impedidos de entrar no estádio. Existe também a possibilidade de o Inter punir as torcidas. “Estamos estudando a melhor medida a ser tomada. Avaliamos impor punições individuais e também para os dois grupos (torcidas)”, observa o diretor de torcidas do Inter, Luis Fernando Martins Oliveira. De acordo com ele, a briga foi motivada por uma “rixa antiga” entre os dois grupos. Ambos seriam da região de Canoas. O Ministério Público, por sua vez, deve pedir que os 11 envolvidos sejam impedidos de frequentar jogos de futebol enquanto durar o processo criminal, se forem denunciados. O inquérito policial enquadrou todos por formação de quadrilha, cuja pena é de um a três anos de prisão, dano qualificado, de seis meses a três anos de prisão, e promoção de tumulto. Até ontem à noite, nenhum dos torcedores havia pago a fiança, estipulada em R$ 10 mil. Por isso, continuavam presos. “O processo criminal vai seguir, mas já há a possibilidade de imediato de a promotoria ingressar com um pedido cautelar junto ao Juizado do Torcedor para que eles (os 11 torcedores) não possam ter acesso aos estádios, quando ficarem em liberdade provisória. Esse deve ser o primeiro movimento da Promotoria do Torcedor”, declarou o promotor José Francisco Seabra Mendes Júnior, da Promotoria do Torcedor.