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Atualizado em 04/02/2014 às 10:53
Inter não adotará mais concentração antes dos jogos
A lógica é simples: convivendo mais tempo em casa, os jogadores ficam menos estressados. E menos estressados, rendem mais em campo. Por isso, Abel Braga ordenou o fim do regime de concentração na véspera de partidas do Inter em casa. A medida não tem caráter provisório nem está sendo testada. Será mantida pelo menos até o final do ano, quando se encerra não só o contrato do técnico como a gestão do presidente Giovanni Luigi. A ideia foi trazida, aliás, pelo próprio treinador, que manifestou aos dirigentes logo em seus primeiros contatos. A medida foi estreada na última rodada do Campeonato Gaúcho. Depois do treino de sábado, ao invés de os jogadores irem para um hotel aguardar o horário da partida contra o Cruzeiro, todos foram para suas casas. A reapresentação foi marcada para o dia seguinte - domingo -, antes do almoço. O grupo fez a refeição junto e seguiu para o Estádio do Vale, onde venceu o Cruzeiro por 4x1. Para funcionar, porém, o projeto precisa necessariamente que os jogadores demonstrem na prática o senso profissional que normalmente têm nos discursos. Não só descansando nas horas que antecedem as partidas. Também é preciso manter uma rotina alimentar adequada e equilibrada. Para isso, os atletas já recebem orientação das nutricionistas do clube. “Ano passado, eles (jogadores) ficaram mais de 160 dias concentrados. E os resultados falam por si”, observa o diretor de futebol, Roberto Melo, que prossegue: “No futebol de hoje em dia, atitudes não profissionais não são mais toleradas. Dentro ou fora de um hotel, eles (jogadores) têm que cuidar do próprio corpo”. “Eles (os jogadores) adoraram a ideia. Eles não gostam de concentrar, pois é um tempo de ócio, de tédio, que eles não têm o que fazer. É um tempo improdutivo”, finaliza.