Jovens frederiquenses fazem documentário sobre João Pozzobon

“João Pozzobon: O pobre peregrino do Santuário” foi o nome escolhido pelos acadêmicos de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e membros Movimento de Schoenstatt, , Ariel Stival e Mayara Oliveira, para o documentário produzido sobre a vida e obra do homem que peregrinou rezando o terço e levando a Mãe Rainha de Schoenstatt aos mais diversos locais, João Luiz Pozzobon.

O material feito em parceria com as Irmãs de Maria e família de Pozzobon, conta com depoimentos e imagens, algumas de arquivo, outras gravadas pelo filho de João, Humberto Pozzobon, interpretando o pai e relembrando seus passos. “O material será utilizado primeiramente dentro do movimento. Até setembro de 2020 ele vai ser utilizado como formação nos encontros de Schoenstatt. Aí setembro que é a data dos 70 anos da campanha da mãe peregrina ele vai ser lançado daí no YouTube do movimento para que todos possam ter acesso”, explicou Stival.

Para Mayara, renunciar dos dias de férias para fazer esse documentário é uma forma de contribuir com a sociedade mostrando o exemplo de Pozzobon por meio da profissão que ela escolheu seguir. “Consigo unir aquilo que eu gosto de fazer, que será minha futura profissão, e o que está ao meu alcance, para levar às outras pessoas o que eu amo tanto, a espiritualidade e as vivências de Schoenstatt. Pelo lado profissional, a gente pode treinar o que aprendemos na universidade, mas, o que mais valeu para mim, foi me aprofunda também em Schoenstatt e no exemplo de Pozzobon”, disse.

Nas próximas semanas, pequenos clipes estarão nas redes sociais, também para que a comunidade possa conhecer mais sobre o tema do ano, dedicado ao “Irmão na Aliança de Amor”, iniciador do fabuloso apostolado que é a Campanha da Mãe Peregrina, João Luiz Pozzobon.

Quem foi Pozzobon

Iniciador da Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt. Pozzobon nasceu em uma família de imigrantes italianos na vila de Ribeirão, hoje pertencente ao município de São João do Polêsine, no Rio Grande do Sul. Esteve 10 meses no Seminário. Aos doze anos deixou os estudos para ajudar seus pais na lavoura de arroz. Teve problemas permanentes de visão, não podendo ingressar no serviço militar.

Casou-se duas vezes, e teve sete filhos - Eli e Ari com a primeira esposa Teresa Turcato e Nair, Otilia, Pedrolina, Humberto e Vilma, com a segunda Vitória Maria Filippeto, com a qual se casou após ficar viúvo.

Em 1947 conheceu a pedagogia de Schoenstatt e a espiritualidade do Santuário da Mãe Três Vezes Admirável. Quando o Pe. Kentenich chegou ao Brasil, estabeleceu-se entre ambos um profundo vínculo e orientado pelo Padre Celestino Trevisan, participou de reuniões um grupo de homens.

Para celebrar mais fervorosamente o Ano Santo de 1950, decidiu-se rezar o terço nas famílias da Paróquia Nossa Senhora das Dores, de Santa Maria (RS), onde se encontra o Santuário. Terminado o ano, por própria iniciativa, continuou com a reza do terço, realizando também um trabalho catequético e pastoral junto às famílias visitadas.

Com o tempo, a “Campanha do Terço”, como ele a chamou, foi se ampliando, exigindo uma autêntica fidelidade, como o demonstram os 140.000 km percorridos com a Imagem Peregrina. Visitou escolas, hospitais, etc., e a pedido de algumas famílias que desejavam receber com mais freqüência a Mãe Peregrina, entregou-lhes uma imagem menor que deveria fazer um giro mensal. Com o tempo mais imagens foram solicitadas, estando atualmente, espalhadas por todo mundo, num número superior a 100.000 imagens. Esta campanha estendeu-se ao restante da América do Sul e a mais de 30 países em todo o mundo.

Pozzobon foi ordenado diácono permanente a 30 de dezembro de 1972, em Santa Maria/RS e morreu em 27 de junho de 1985, atropelado por um ônibus, no caminho para o Santuário, onde ia diariamente.