Segurança
Atualizado em 13/07/2020 às 16:00
Justiça aceita denúncia do MP contra Alexandra Dougokenski por homicídio quadruplamente qualificado
Ela ainda irá responder por ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual.
A denúncia protocolada pelo Ministério Público (MP) contra Alexandra Salete Dougokenski, acusada pela morte do filho, mãe do menino Rafael Mateus Winques, 11 anos, foi aceita nesta segunda-feira, 13 de julho, pelo Poder Judiciário. Alexandra tornou-se, agora, ré pelos crimes de homicídio doloso quadruplamente qualificado com as qualificadoras: motivo torpe, motivo fútil, asfixia e dissimulação e recurso que dificultou a defesa da vítima. Alexandra também vai responder pelos crimes de ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual.
Em sua decisão, a juíza de Direito Marilene Parizotto Campagna, acompanhando o pedido da promotora de Planalto, Michele Dumke Kufner, converteu a prisão temporária em preventiva por considerar que o comportamento da denunciada “demonstra que as medidas cautelares diversas da prisão são ineficazes para garantir o normal funcionamento da Justiça através do processo”, argumentou.
A magistrada indeferiu o pedido formulado pela defesa para transferir Alexandra para um estabelecimento prisional mais próximo da sua residência, ao qual o Ministério Público também havia se posicionado contrariamente. “Das declarações prestadas na fase policial, após a localização do corpo da vítima, verifica-se que ocorreu uma ruptura dos vínculos familiares. Inclusive, quando Alexandra esteve na cidade de Planalto para reprodução simulada dos fatos as únicas pessoas que lhe visitaram foram o namorado e o seu filho mais velho. Diante desse contexto, indefiro o pedido de transferência formulado pela defesa de Alexandra Salete Dougokenski”, escreveu Marilene Parizotto Campagna. A juíza também fundamentou a negativa na incapacidade de os estabelecimentos da região de Planalto garantirem a integridade física da presa.
A promotora de Planalto, Michele Dumke Kufner, considerou a decisão da magistrada técnica e condizendo com o que foi apurado em inuqerito policial e apresentado pela denúncia do MP. “A decisão vem ao encontro das nossas expectativas de que a prisão temporária fosse convertida em preventiva, porque acreditamos na imprescindibilidade de tal prisão", avaliou.
Alexandra está presa desde o dia 25 de maio, quando confessou para a polícia que havia matado o filho e escondido o corpo. Neste dia, após 10 dias do comunicado do desaparecimento de Rafael, feito por ela mesmo, ela levou a polícia até o local onde havia escondido o corpo do filho.