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Atualizado em 05/09/2019 às 17:09
Meningite: médico infectologista fala sobre a doença
Caso em Palmeira das Missões levou jovem a óbito
O caso de óbito do jovem Geovane Santos Souza, 18 anos, de Palmeira das Missões, internado no fim de semana com sintomas de meningite e que acabou indo a óbito na quarta-feira, 4, relembrou a comunidade da importância de falar sobre a doença.
Com uma evolução muito rápida, em alguns casos, a meningite pode ser causada por diferentes bactérias, vírus e até fungos, sendo uma infecção das membranas que recobrem o cérebro (as meninges), que afeta toda a região e dificulta o transporte de oxigênio às células do corpo. “A meningite é sempre uma preocupação para os profissionais da saúde. Ela é uma inflamação na capa de proteção que temos no cérebro e na medula apresentando inclusive pus, por ação de vírus, bactéria ou até fungos. Saber esse agente causador depende de uma análise do liquor, mas o médico antes mesmo desse resultado já começa o tratamento de bloqueio. Se for do tipo meningocócica, a meningite tem uma evolução muito rápida e é fatal”, explicou o médico infectologista, Hugo Noal.
Sintomas e prevenção
Dentre os principais sintomas a doença provoca febre, dor de cabeça, vômito, tontura, dor no corpo, irritabilidade (principalmente crianças) rigidez na nuca e exames neurológicos alterados, salientou Noal. “É importante destacar que muitas vezes a meningite não é causada pelo meningococo e sim por uma bactéria comum, do dia-a-dia. Então é importante seguir o calendário vacinal, lavar bem as mãos, proteger as vias respiratórias, em caso de gripe procurar o médico para tratar os sintomas e não deixar agravar o quadro. Pessoas imunodeprimidas devem ficar ainda mais atentas aos sintomas e buscar acompanhamento de seus médicos. Esses são os cuidados básicos”, reforçou.
Ainda sobre a prevenção e tratamento o profissional salienta que depende muito do agente causador, mas as vacinas são uma das principais formas de prevenção e muitas delas estão disponíveis na rede pública. “Um vírus da gripe pode evoluir para meningoencefalite, nesse caso a vacina da gripe é a prevenção”, exemplificou o profissional.
Alguns casos mais agressivos são necessário bloqueios, porém é preciso antes disso confirmar o tipo de meningite. No caso do jovem palmeirense, de acordo com o secvretário da saúde do município, paulo Fernandes, já se sabe que se tratava sim, de um caso de meningite porém, ainda não se tem o agente causador.
Em 2019, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde foram registrados oito casos de meningite no Rio Grande do Sul, três deles evoluíram para o óbito.
Confira a entrevista completa abaixo