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  • Ministra da saúde reforça compromisso de todos no combate a Dengue

    Ministério da Saúde promove neste sábado, 14 de dezembro, dia D contra a doença

    As mudanças climáticas ampliaram o raio de alcance da dengue e de outras doenças causadas pelo Aedes aegypti. Diante dessa situação, a estratégia de enfrentamento precisa ter dimensão global, reforçando ainda mais a necessidade de colaboração mútua entre autoridades, tanto para prevenção como para conscientização, disse nesta quinta-feira, 12 de dezembro, a ministra da Saúde Nísia Trindade.

    Em meio ao surto de dengue nas Américas, e do alto número de mortes pela doença, principalmente no Brasil, a ministra da Saúde, citou o papel da população no combate ao mosquito transmissor e destacou o papel de prefeitos e prefeitas nesse combate. “Um ator muito importante são os prefeitos e prefeitas do Brasil. Porque o acúmulo de lixo urbano, focos de água, em que o mosquito possa se proliferar, está ligado à gestão das cidades. É fundamental a conscientização de cada cidadão e cada cidadã no sentido de evitar esses focos dos mosquitos. Estão em 75% nas nossas casas ou no entorno delas”, disse ela.  

    Somente no Brasil, mais de 5,9 mil pessoas morreram por complicações da Dengue. E metade dos casos registrados no continente americano também estão no Brasil.

    Segundo Nísia Trindade, o alto número de registros é, também, uma realidade de outros países, agravada pelo aquecimento global. Para ela, isso vai demandar um plano global na conscientização, no combate e na prevenção das arboviroses. “A dengue, hoje, é um problema de saúde global. Inclusive, em áreas subtropicais, como é o caso, no Brasil, do Rio Grande do Sul, do sul do nosso país. O aquecimento global é o responsável por essa grande transmissão. Vamos ter mais países lidando com esse problema e, portanto, devemos ter um plano global pra enfrentamento da dengue, da zika, chikungunya, outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti”.

    Um outro eixo importante citado por Nísia é o de desenvolvimento e uso de tecnologias visando o controle do mosquito transmissor. Ela explica que, apesar de ainda não haver um plano nacional para a utilização em larga escala dessas tecnologias, alguns municípios e estados já o fazem com o apoio do ministério.

    Na última terça-feira, a Organização Mundial da Saúde, por meio da OPAS, Organização Pan-Americana da Saúde, anunciou que o continente americano enfrentou, neste ano, “a maior epidemia dengue”, desde 1980. Foram mais de 12 milhões de casos nas Américas do Norte, Central e do Sul: três vezes mais que o ano passado.  

    A OPAS também atribui o alto número de casos aos eventos climáticos, à urbanização não planejada, ao acúmulo de água e à má gestão de resíduos. Além das ações de prevenção, a entidade defendeu o acesso à vacina, que já existe no Brasil, Argentina e Peru; o que não deve impedir a propagação do vírus, mas pode evitar o agravamento dos sintomas.  

    No Brasil, o Ministério da Saúde vai promover o Dia D de mobilização contra a dengue neste sábado, dia 14. A ideia é combater os focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. São ações simples; entre elas, retirar ou prevenir que qualquer objeto possa acumular água, onde as larvas do inseto se desenvolvem.

    A dengue

    Diversos mitos cercam a dengue. Um deles é o de que quem pega uma vez está automaticamente imune. Isso é mentira, pois existem quatro sorotipos de dengue e uma pessoa pode ser infectada quatro vezes, por sorotipos diferentes.

    Outro engano é que quem mora em lugares altos não precisa se preocupar com o mosquito. É verdade que o Aedes aegypti pode voar somente 1 metro acima do chão; mesmo assim, quem mora em apartamento deve ter cuidado. Ele pode vir pelo elevador quando há água acumulada em seu poço, ou se o morador levou para sua residência algum recipiente contendo ovos do mosquito.

    Entre os sintomas da dengue estão: dor abdominal intensa, vômitos, sonolência, hipotensão, desmaios, acúmulo de líquidos na barriga e aumento do tamanho do fígado.

    Heloise Santi - Jornalismo Grupo Chiru
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