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Atualizado em 17/09/2017 às 08:40
Morre o jornalista e apresentador Marcelo Rezende
O jornalista da TV Record Marcelo Rezende morreu neste sábado, aos 65 anos, após uma bataha contra um câncer no pâncreas e fígado. A doença "comprometeu parte do aparelho digestivo" do apresentador do "Cidade Alerta". Ele estava internado internado desde a última terça-feira no Hospital Moriah, na Zona Sul de São Paulo, quando deu baixa após sentir fortes dores e, na unidade de saúde, os profissionais identificaram uma pneumonia grave. Ele deixa os filhos Patrícia, Marcella, Ana Carolina, Valentina e Diego.
Rezende construiu carreira na televisão em programas policiais e, com a coragem que o acompanhou ao longo da vida, anunciou em rede nacional que estava com a doença.O câncer agressivo o obrigou a deixar repentinamente o comando do programa que apresentava desde 2012. Entre denúncias e notícias sobre violência urbana, ele transformou os repórteres em personagens, deu apelidos à equipe técnica e criou bordões que ganharam as ruas e já entraram para a história da TV brasileira. Um deles, o “Corta pra mim”, se tornou o título de sua autobiografia (Editora Planeta, 2013).
O apresentador nasceu no Rio de Janeiro, em 12 de novembro de 1951. Filho de um bancário e uma funcionária da aeronáutica, decidiu, aos 16 anos, se mudar para a Bahia e viver em uma comunidade hippie. Um ano mais tarde, ingressou no jornalismo por acaso, durante uma visita à redação do Jornal dos Sports, no Rio de Janeiro. Rezende tinha apenas 17 anos e foi convidado para trabalhar como repórter na cobertura de futebol.
Na televisão, migrou para o jornalismo investigativo – área que marcou a sua carreira profissional. Participou de coberturas importantes e saiu na frente em várias delas. Um exemplo é a investigação sobre a fuga de PC Farias, tesoureiro da campanha de Fernando Collor, em 1993. Mas a matéria de maior repercussão na carreira do apresentador foi um caso de violência policial na Favela Naval, em Diadema, na grande São Paulo.
Na televisão, migrou para o jornalismo investigativo – área que marcou a sua carreira profissional. Participou de coberturas importantes e saiu na frente em várias delas. Um exemplo é a investigação sobre a fuga de PC Farias, tesoureiro da campanha de Fernando Collor, em 1993. Mas a matéria de maior repercussão na carreira do apresentador foi um caso de violência policial na Favela Naval, em Diadema, na grande São Paulo. Em 2004, foi contratado pela Record TV, como apresentador da primeira versão do Cidade Alerta, onde ficou até 2006. Em 2010, regressou para a emissora, desta vez como repórter especial do Domingo Espetacular. No ano seguinte, virou apresentador do Repórter Record. Mas, em 2012, Marcelo Rezende reassumiu o comando do Cidade Alerta e, com uma dose de irreverência, mudou o jeito de fazer programa policial na televisão brasileira. A inovação deu certo e fez história. O sucesso foi interrompido pela descoberta do câncer agressivo, em exame realizado em 28 de abril. Mesmo após o diagnóstico, Marcelo Rezende apresentou três edições do programa e fez questão de não abandonar a legião de fãs. Durante o período em que esteve fora do ar, usou as redes sociais para se manter em contato com o público. Em todas as mensagens, passou demonstrações de confiança e fé. Diego Esteves, filho do apresentador que mora na Argentina, fez uma homenagem ao pai na sexta-feira. Ele postou uma foto no Instagram com a legenda “Meu super-herói”. A namorada de Rezendo, Luciana Lacerda, escreveu em sua rede social: “O vazio ocupa um espaço imenso. Que Deus segure nas minhas mãos e na sua, meu amor. Juntos somos mais fortes. Te amo”.Correio do Povo
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