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Atualizado em 20/06/2015 às 10:55
MP encontra 'queijo do futuro' entre produtos apreendidos em operação
O dia 19 de junho aparece como data de fabricação de uma das peças de queijo apreendidas na última terça-feira (16), três dias antes, pelo Ministério Público em operação para combater fraudes no produto. Para o órgão, o "queijo do futuro" é um flagrante das irregularidades que vinham sendo cometidas pela empresa Laticínios Progresso, de Três de Maio, no Noroeste do Rio Grande do Sul. "Antes já havíamos flagrado a carne do futuro. Agora é a vez do queijo do futuro", destaca o promotor de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho. O advogado da empresa nega a adulteração intencional do produto.Segundo a investigação, a Laticínios Progresso recebia leite rejeitado por outras indústrias e ainda adicionava amido de milho ao queijo, que encorpava o produto, mas também diminuía a qualidade do alimento. Após a empresa ser interditada na terça por adulteração, os produtos fabricados por ela começaram a ser retirados no mercado na quarta-feira (17). O advogado da empresa nega a adulteração intencional do produto. Dois sócios da fábrica e o filho de um dos empresários foram presos. "Se houve qualquer irregularidade na fabricação, na distribuição de qualquer produto de laticínios, não foi em uma intenção dolosa. Poderia ser, no máximo, um descuido, mas nunca com a intenção de lesar o consumidor, de lesara a saúde pública”, afirma o advogado Juarez Antônio da Silva. Outras três pessoas também são investigadas. Uma delas é Valdir Ortiz, secretario de Agricultura e Meio Ambiente de Três de Maio. De acordo com o MP, ele teria facilitado as atividades irregulares da empresa. O servidor público foi afastado das funções. G1/RS Douglas Biguelini - Jornalismo Grupo Chiru Comunicações