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Atualizado em 30/11/2015 às 07:37
Novos estudos revelam alternativas para o desenvolvimento regional
Considerados como ponto de partida para o debate nas 28 regiões do Estado, os Perfis Socioeconômicos elaborados pelo Departamento de Planejamento Governamental (Deplan) da Secretaria do Planejamento, Mobilidade e Desenvolvimento Regional (Seplan) trazem alternativas para que o crescimento esteja alinhado com o equilíbrio territorial. Nesta semana, novos estudos serão enviados aos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes) para servirem de base no processo de elaboração dos Planos Estratégicos.
Ao sintetizar os avanços de diagnósticos, estratégias e proposições de estudos realizados nas últimas décadas pelo Estado e pelas regiões, os Perfis são um subsídio para que os órgãos governamentais aprofundem a regionalização das políticas públicas, já materializadas nos Cadernos de Regionalização do Plano Plurianual 2016-2019. Mais que um conjunto de dados econômicos de fontes como Fundação de Economia e Estatística (FEE) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os trabalhos apontam alternativas para o desenvolvimento regional.
Dificuldades e potencialidades de cada região
Nos vales do Taquari e do Rio Pardo, por exemplo, o Perfil Socioeconômico indica a dificuldade das restrições impostas à cultura do tabaco. Para superá-la e criar novas alternativas ao desenvolvimento, o estudo identificou a necessidade do fortalecimento da identidade regional vinculada à agricultura familiar e à agroindústria. Uma das propostas é fomentar o turismo ligado à produção e cultura, com o objetivo de atrair visitantes da Região Metropolitana de Porto Alegre e de outros lugares.
Já no Médio Alto Uruguai, onde a agropecuária é responsável por 23,9% do Valor Adicionado Bruto e a base agrícola é vinculada à agricultura familiar, identificou-se que a necessidade de apoiar a diversificação da agropecuária e a formação de agroindústrias que agreguem valor à produção local. Além disso, estimular a inovação tecnológica e a irrigação poderá aumentar a produtividade e a qualidade de vida da população.
No Sul do Estado há um alerta para a possibilidade do polo naval ter retrocessos significativos com a crise econômica que o país enfrenta. Por isso, é preciso buscar a descentralização de seus efeitos positivos para um maior número de municípios da região, aproveitando o potencial de inovação que as universidades locais possibilitam.
A região Central, por sua vez, deve consolidar a cidade de Santa Maria como um polo regional de serviços e ampliar a produtividade agropecuária. Também existe a possibilidade de novas alternativas, como o turismo rural, ecoturismo e paleobotânico. Conforme o Perfil Socioeconômico da região, a Rota Paleobotânica, que integra o patrimônio existente na Quarta Colônia, Santa Maria e nos vizinhos municípios de Mata e São Pedro do Sul, no Corede Vale do Jaguari, deve ser melhor estruturada e estimulada.
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Texto: Letícia Costa/Seplan
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