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Publicado em 24/10/2022 às 14:47
"O problema está na campanha sem propostas para o Brasil", diz especialista ao avaliar o impacto das Fake News na decisão do voto
Diante de todos os ataques entre os candidatos, principalmente no segundo turno, as propostas ficam em segundo plano.
‘A campanha deste ano é baseada em ataques e sem propostas’, foi isso que disse o ex-juiz eleitoral e especialista em direito político José Luiz Blaszack, durante entrevista ao Grupo Chiru, nesta segunda-feira, dia 24.
Ele comentou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em promover a retirada de conteúdos falsos, principalmente em redes sociais, sem que esse recurso passe pelo Ministério Público Eleitoral.
A norma estabelece que, após decisão colegiada que determine a retirada de conteúdo desinformativo, a própria Presidência do TSE poderá determinar a extensão de tal decisão a conteúdos idênticos republicados. Ou seja, conteúdos irregulares replicados em outros canais (URL) que não sejam aqueles apontados na decisão inicial poderão ser retirados sem a necessidade de haver uma nova ação que questione esses novos canais.
“Verificando que aquele conteúdo foi repetido, não haverá necessidade de uma nova representação ou decisão judicial, haverá extensão e imediata retirada dessas notícias fraudulentas”, disse o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, ao explicar que a medida visa reduzir o tempo que informações inverídicas permanecerão no ar.
Essa questão, conforme Blaszack pode ser eficaz, porém, medida igual deveria ter sido tomada antes de o processo eleitoral ter iniciado. Outra questão é a eficácia da medida. Se o prazo para ser retirado do ar é de 48 horas, a informação inverídica já se espalhou na rede, disse o ex magistrado.
Diante de todos os ataques entre os candidatos, principalmente no segundo turno, as propostas ficam em segundo plano, o que impede o eleitor de decidir o seu voto baseado no projeto de País apresentado pelos postulantes e sim naquele que vence a batalha de ódio alavancada pela rede social.