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  • Ofensiva ataca facção responsável por assassinatos, roubos e tráfico

    Operação Andróid foi desencadeada a partir de uma força-tarefa, coordenada pela Delegacia Regional de Três Passos

    A presença violenta de uma facção em municípios do interior do Rio Grande do Sul é alvo de operação da Polícia Civil nesta terça-feira, 24 de julho. São cumpridos mais de cem mandados de prisão e de busca em 22 cidades gaúchas e uma catarinense. A ação pretende atingir os elos deste grupo especialmente na Região Noroeste, onde a Polícia Civil vem percebendo o aumento do tráfico de drogas e da violência empregada pelos criminosos. Até às 7h30min, 22 pessoas haviam sido presas.

    A Operação Andróid foi desencadeada a partir de uma força-tarefa, coordenada pela Delegacia Regional de Três Passos, que tenta desmantelar ações relacionadas ao tráfico de drogas e outros crimes, como homicídios e roubos, praticados por integrantes da facção Os Manos, com sede no Vale do Sinos.

    Cerca de 200 policiais civis, com o apoio de cem policiais militares e 15 policiais rodoviários federais, participam da operação, que conta com o apoio do helicóptero da Polícia Civil. Estão sendo cumpridas 105 ordens judiciais, sendo 44 mandados de prisão e 61 de busca e apreensão.

    Na Região Noroeste e na Região Norte está concentrada a maior parte das cidades onde são cumpridos mandados, 15 no total: Santo Augusto, Coronel Bicaco, Redentora, Campo Novo, Tenente Portela, Três Passos, Crissiumal, Independência, Palmeira das Missões, São José do Inhacorá, Três de Maio, Ijuí, Passo Fundo, Carazinho e Lagoa Vermelha. Os policiais também fazem buscas em Dois Irmãos, Campo Bom e Novo Hamburgo, no Vale do Sinos; Lajeado, no Vale do Taquari; Santiago, na Região Central; Charqueadas, na Região Carbonífera; Montenegro, no Vale do Caí; e São José, em Santa Catarina.

    Segundo o chefe da Polícia Civil, Emerson Wendt, os comandos para esses delitos vêm sendo ordenados pelos principais líderes da facção do interior de presídios. Por isso, são cumpridos mandados de prisão preventiva em quatro casas prisionais do Estado. Os nomes das cadeias também são mantidos em sigilo até o momento.

    Ao longo das investigações, a polícia apurou que esses líderes, de forma estruturada e hierarquizada, vinham gerenciando todas as cadeias do comércio de drogas em cidades do interior, como transporte, fracionamento e entrega para gerentes regionais e locais.

    — Os principais alvos dessa operação são justamente esses líderes, que fazem o controle das ações criminosas de forma rígida de dentro das cadeias, e os gerentes regionais e locais —, explicou Wendt.

    Os gerentes regionais eram responsáveis por receber e distribuir a droga vinda do Vale do Sinos para os traficantes que coordenavam o tráfico local na Região Noroeste.

    Fonte: GaúchaZH

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