Arquivo
Atualizado em 24/06/2016 às 10:07
Operação Gota D'Água: MP recomenda que consumidores busquem ressarcimento
Os consumidores que compraram água de alguma das marcas investigadas pela Operação Gota D’Água, deflagrada nesta quinta-feira, devem procurar os locais onde realizaram a compra, com nota fiscal, para a troca da mercadoria ou a devolução do dinheiro. É o que recomenda o promotor de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho. A empresa Mineração Campo Branco Ltda. foi denunciada pelo Ministério Público por envasar o líquido produzido para as marcas Do Campo, Carrefour, BiriBiri e Roda D’Água. O MP acionou o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) para que sejam emitidas circulares a todas as vigilâncias sanitárias do Rio Grande do Sul, a fim de retirarem os lotes 410, 421, 028 e 272 do mercado. O Cevs lavrou auto de infração pela produção e comércio de produtos impróprios ao consumo. Foram cumpridos mandados em Progresso e Lajeado (no Vale do Taquari), em Porto Alegre e no estado de Pernambuco. A Operação Gota D’Água prendeu preventivamente Ademir Paulo Ferri e Paulo Moacir Vivian, sócios da empresa Mineração Campo Branco Ltda., e o químico industrial Marcelo Colling. A justificativa para as prisões é de que houve dolo na venda da água, já que os investigados tinham conhecimento, através de laudos encomendados pela própria empresa, da contaminação do produto (veja detalhes sobre a bactéria no fim da matéria). A empresa também é acusada de sonegar R$ 3,2 milhões em imposto estadual. O titular da 16º Coordenadoria Regional da Saúde, Vitor Hugo Gerhardt também foi afastado, por determinação judicial. Conforme as investigações, houve prevaricação. Ele ainda é acusado de diminuir uma multa imposta à empresa, de R$ 20 mil para R$ 2 mil. Conforme o promotor de Justiça Mauro Rockenbach, Gerhardt foi indicado ao cargo pelos sócios da fonte mineradora. Correio do Povo Douglas Biguelini - Jornalismo Grupo Chiru Comunicações