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Atualizado em 03/02/2014 às 10:41
Operação Kilowatt: escolas estaduais passarão por auditoria nesta semana
A Delegacia Fazendária e a Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage) começam nesta semana uma nova etapa da Operação Kilowatt, que apura suspeitasde irregularidades e fraudes em obras no Estado. A Polícia Civil pediu reforço à Cage para auditar obras em escolas. O trabalho pode atingir duas dezenas de estabelecimentos de ensino. Dezessete escolas estão em uma lista que a própria Secretaria Estadual da Educação (Seduc) enviou à polícia por desconfiar que obras foram mal executadas ou feitas com material de baixa qualidade, inferior ao que foi pago pelo Estado. Pelo menos outras cinco estão na mira da investigação porque denúncias chegaram à Delegacia Fazendária depois que a operação foi desencadeada, em 9 de janeiro. Inicialmente, a operação abordou o caso de serviços sob suspeita em duas escolas e naFundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps). O valor total dos contratos principais, mais os aditivos, fica em torno de R$ 18 milhões. Um dos itens que a polícia apura é quanto desse valor é decorrente de superfaturamento e o quanto foi desviado. O trabalho é conduzido pelos delegados Daniel Mendelski e Joerberth Nunes. O que já foi detectado na investigação é que fiscais de obra atestariam etapas do serviço para fins de pagamento sem que o trabalho tivesse sido realmente concluído. A polícia aguarda que a Seduc informe mais detalhes sobre o que há de possível irregularidade em cada escola listada para que o trabalho possa ter um foco. Em paralelo às ações da polícia e da Cage, a Seduc e a Secretaria de Obras acertaram uma parceria para que os eventuais problemas detectados comecem a ser corrigidos. O acordo, no entanto, ainda não virou ação concreta. Na Escola Estadual Professor Oscar Pereira, que se tornou símbolo da operação por causa das fotos que mostravam o telhado consertado apenas nas beiradas, quando a previsão era o reparo integral, ainda não houve correções. Conforme a diretora Ana Regina Jardim, representantes da empresa que fez a obra — a Cisal Construções e Instalações Satélite Ltda — e da Secretaria de Obras estiveram no local uma vez depois da operação e não retornaram mais. Informações: Zero Hora Poliana Grudka- Jornalismo Grupo Chiru Comunicações