Palmitinho promove Tarde de Campo em bovinocultura de leite

Para fomentar a atividade leiteira no município de Palmitinho, proporcionando conhecimento em diferentes aspectos da produção, a Emater/RS-Ascar, Prefeitura e Secretaria Municipal da Agricultura promoveram a segunda edição da Tarde de Campo de bovinocultura de leite. O evento aconteceu na quarta-feira, dia 26, na propriedade dos agricultores Pedro e Cleoni Dornelles, na Linha Julio Ugarte, e reuniu centenas de agricultores de Palmitinho e de municípios vizinhos. A produção de leite é a segunda atividade de renda mais representativa de Palmitinho. Com uma economia essencialmente agrícola, o município possui mais de mil unidades produtivas no meio rural. O trabalho desenvolvido pela Emater/RS-Ascar e a administração municipal busca fortalecer e incentivar o setor. Para fomentar a atividade leiteira estações foram organizadas tratando sobre diferentes aspectos da produção leiteira, implantação e manejo de pastagens perenes, irrigação, criação e manejo de terneiras e qualidade de vida no meio rural. Os técnicos em agropecuária da Emater/RS-Ascar, Alex de Mello Rubin e Luan Jaques da Costa, apresentaram uma experiência realizada na propriedade da família Dornelles com dez variedades de pastagem. A intenção do experimento foi demonstrar o rendimento de massa verde de cada variedade, com e sem aplicação de adubos, com uso de irrigação. A variedade Jiggs com adubação, 55 dias após o plantio, rendeu no primeiro corte 3,9 mil kg de massa verde por hectare. Sem a adubação o rendimento da Jiggs não passou dos 1,1 mil kg. Na Tifton o rendimento sem adubação foi de 3,3 mil kg de massa verde por hectare. Com adubação esse rendimento subiu para 5,1 mil kg. “A pastagem é uma segurança para a propriedade que trabalha com a atividade leiteira. Investir na adubação é uma forma de aumentar a produção de pastagem e a produtividade dos animais”, afirmou Alex. A propriedade da família Dornelles é uma das dezenas de propriedades da região que faz parte do projeto de unidades de referência da Emater/RS-Ascar. Para viabilizar a atividade leiteira, o agricultor Pedro instalou um sistema de irrigação em 3,2 hectares de pastagem. Para isso, precisou instalar três açudes em sua propriedade, através do programa Mais Água Mais Renda, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronégócio (Seapa). Os engenheiros agrônomos da Emater/RS-Ascar, Maicon Bisognin e Felipe Lorenzini, apresentaram as vantagens dos sistemas de irrigação para as pequenas propriedades. Como o Mais Água Mais Renda o programa Irrigando a Agricultura Familiar, da Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), também viabiliza a instalação de sistemas de irrigação nas propriedades de agricultores familiares. “O uso da irrigação traz inúmeras vantagens, como aproveitamento de nutrientes, diminuição do tempo de retorno dos animais aos piquetes, aumento da produção de massa verde e a possibilidade de planejamento da pastagem”, explicou Maicon. “A irrigação é um fator de produção para a atividade leiteira, aumenta o potencial produtivo das áreas e o número de pastejos no ano. Além disso, o uso de sistemas encanados e automáticos facilita e reduz mão-de-obra”, completou Felipe. A criação de terneiras foi assunto abordado pelo engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Jeferson Vidal Figueiredo. Para ele, a criação de terneiras pode ser um investimento para futuras matrizes ou uma oportunidade de renda. “O agricultor que tiver interesse e se dedicar pode pensar na criação de terneiras como um investimento para geração de renda, com a comercialização desses animais”, afirmou Jeferson. O engenheiro explicou ainda, sobre o manejo das terneiras, destacando a necessidade criá-las em abrigos individuais com ração, feno e água e apresentou uma tabela do custo da criação e do controle de crescimento destes animais. Além da geração de renda, a qualidade de vida no meio rural foi tema abordado pelas extensionistas da área social da Emater/RS-Ascar, Neli da Conceição Negrini e Valéria Maria Zanatta Senger. Dezenas de produtos da agricultura familiar foram expostos, mostrando a diversidade de alimentos que são produzidos na propriedade da família Dornelles. A organização da propriedade, melhoria de arredores, cuidados com horta e jardim foram questões destacadas pelas extensionistas, exemplificando a situação da propriedade dos agricultores Pedro e Cleoni Dornelles. Com uma casa nova, os agricultores estão realizando melhorias nos arredores, horta e jardim. “A agricultura familiar é muito mais que um local de trabalho, é um modo de vida. E sendo assim, deve ser um espaço gostoso, feliz e aconchegante. E nós podemos colaborar para transformá-lo”, declarou Valéria. Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar – Regional de Frederico Westphalen   Poliana Grudka- Jornalismo Grupo Chiru Comunicações