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Atualizado em 10/09/2016 às 18:59
Pelotas é a cidade com maior número de eleitoras do interior do RS
Mais de quatro milhões de mulheres devem votar no dia 2 de outubro em todo o Rio Grande do Sul, o que representa mais da metade do total do eleitorado gaúcho. Pelotas, no Sul, tem cerca de 340 mil habitantes. Na cidade, as mulheres formam a maioria da população. E nas eleições de 2016, o município conta também com o maior número de eleitoras do interior do estado. No entanto, a superioridade feminina não traduz em igualdade de cargos políticos. Um levantamento realizado pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), a Câmara dos Deputados brasileira é uma das que conta com o menor número de mulheres no mundo. Pelotas tem 21 vereadores. Todos são homens. A cidade nunca elegeu uma mulher para a prefeita. Nas eleições deste ano, as mulheres são a minoria entre os candidatos. Para a prefeitura, oito candidatos estão na disputa, sendo duas mulheres. Para a Câmara de Vereadores, 341 concorrem aos 21 cargos, e são 108 mulheres, o que representa 30% do total de candidatos. Para as eleitoras, é uma situação que precisa mudar. "Pelo que as mulheres representam na sociedade, nós deveríamos ter muito mais representatividade que temos hoje. Temos tudo para fazer uma política diferente, uma política menos machista, mais voltada para o social. É muito importante que a gente tenha mais mulheres nos representando", afirma a professora Cristiane Santos. A Lei Eleitoral estabelece que cada partido ou coligação preencha, no mínimo, 30% de candidaturas para cada sexo. No entanto, partidos ainda dão pouco espaço para as mulheres, conforme análise da presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TSE-RS). A desembargadora Liselena Ribeiro é a primeira mulher a presidir um processo eleitoral no Rio Grande do Sul. "Talvez tivesse que ter mais propaganda enfatizando a importância da mulher na política e os partidos têm que dar mais oportunidades para as mulheres. É importante para a democracia e é importante para a igualdade", diz a desembargadora Liselena. No Brasil, o voto é facultativo para menores de 18 anos e para pessoas acima dos 70. A dona de casa Maria Dolores tem 74 anos e não deixa de votar. Para ela, a escolha consciente pode resolver os problemas enfrentados no dia a dia. Fonte: G1/RS Marilia de Azevedo / Jornalismo Grupo Chiru Comunicações