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Atualizado em 27/12/2016 às 07:48
Pilotos de avião da LaMia sabiam que combustível era insuficiente, diz investigação oficial
O avião da companhia boliviana LaMia, que caiu quando transportava a delegação da Chapecoense, tinha combustível limitado para o trajeto que percorria. A informação consta nos resultados da investigação preliminar da Aeronáutica Civil da Colômbia, divulgados nesta segunda-feira em Bogotá. Os pilotos "estavam cientes de que o combustível que tinham não era o adequado, nem o suficiente", declarou o secretário de Segurança Aérea do governo colombiano, Freddy Bonilla, em coletiva de imprensa. Apesar do pouco combustível, os pilotos não repassaram a informação às autoridades aeronáuticas colombianas e só anunciaram estar em situação de emergência a seis minutos do impacto, na zona rural de Medellín, onde faleceram 71 pessoas, entre integrantes da delegação da Chapecoense, jornalistas e tripulantes. Ainda segundo o governo colombiano, o piloto da aeronave, Miguel Quiroga, e o copiloto, Ovar Goytia, planejaram aterrissar em Bogotá ou na cidade colombiana de Leticia (no sul do país) por "estar no limite do combustível", mas não realizaram qualquer requerimento para cumprir o planejado. "Até agora, temos evidencias de que nenhum fator técnico influenciou no acidente, tudo está relacionado ao fator humano e administrativo", afirmou Bonilla. Segundo o secretário, embora o avião viajasse com excesso de cerca de 500 quilos de peso, isto não foi "determinante" para o acidente. De acordo com o inquérito, a autoridade encarregada de aprovar os planos de voo na Bolívia errou ao aceitar as condições "inaceitáveis" propostas pela LaMia e permitiu que o avião, modelo RJ85, voasse acima dos 29.000 pés, altitude para a qual não tinha capacidade. Eduardo Nervis Krais/ Jornalismo - Grupo Chiru Comunicações