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Atualizado em 06/06/2014 às 17:16
Plantio do trigo está atrasado frente à média histórica para o período
A inconstância do tempo tem prejudicado o plantio do trigo, que não evoluiu de maneira satisfatória no último período, chegando a 12% do total projetado. Este é o mesmo percentual verificado na safra passada nesta mesma época, que, aliás, apresentava as mesmas condições climáticas registradas atualmente, com dias muito úmidos e chuvosos. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, pela média estadual, o percentual deveria ser de 25%. Na região de Santa Rosa, uma das maiores produtoras de trigo do RS, o percentual de área plantada chegou a 11% nesta semana, preocupando os agricultores. Em algumas situações os agricultores arriscaram realizar o plantio mesmo com o solo bastante encharcado, que poderá dificultar uma melhor germinação. Já na região de Passo Fundo (Planalto), onde o plantio se realiza mais tarde, os triticultores estão realizando pedidos e reservas de insumos, elaborando projetos técnicos de custeios junto aos escritórios da Emater/RS-Ascar e firmas de planejamento agrícola, com vistas a conseguir recursos junto aos agentes financeiros para o custeio das lavouras. Os triticultores planejam iniciar o plantio após o dia 15 de junho, concentrando a semeadura na segunda quinzena de junho, ou mesmo no início de julho. Feijão - A segunda safra continua em colheita. As regiões Planalto, Nordeste e área Central do RS estão com ritmo de colheita mais forte. Em nível de Estado, ela atingiu 84% da área da lavoura, com boas produtividades e mantendo muito bom padrão comercial. Canola - A lavoura da canola no RS está em fases de germinação e desenvolvimento vegetativo (estádio de roseta), com bom stand. Ainda não foi concluído o levantamento de estimativa de plantio, mas somente na região do Planalto deverá ser implantada uma área de 16 mil hectares. No Alto Uruguai, o bom preço recebido pelos produtores provocará um pequeno aumento, estando já semeada uma área próxima aos mil hectares. No Noroeste do Estado, a área estimada é de 3,8 mil hectares. Nas regiões do Noroeste Colonial e Alto Jacuí, deverão ser plantados próximos a 4,5 mil hectares. Cevada - A semeadura avançou nas várias regiões de plantio e a expectativa é de uma lavoura no Estado próxima a do ano anterior, de 40 mil hectares. Nos próximos períodos deveremos informar a estimativa inicial de área para o RS. Citros - A principal atividade na citricultura é a colheita de cultivares precoces, como as laranjas do Céu, Umbigo Bahia, Shamouti e Seleta, as bergamotas Caí e Ponkan, e a lima ácida Tahiti. Em contrapartida, o ingresso de um maior volume de frutas para comercialização fez com que os preços despencassem entre todas as variedades. Em relação à lima ácida Tahiti, popular limão da caipirinha, observa-se boa carga de frutos de diversas fases, deixando os produtores muito satisfeitos, apesar da queda nos preços nas últimas semanas. O frio nas últimas semanas tem apressado a maturação das frutas, causando queda das mesmas, forçando a colocação no mercado, depreciando os preços. Uma indústria de Pareci Novo, que trabalha com extração de óleo essencial de bergamotas, está testando a extração de óleo da casca da lima ácida Tahiti e, para tanto, realizou a aquisição da fruta, pagando R$ 0,30/kg. Bovinocultura de Corte – Em geral, o rebanho que se encontra no campo nativo ainda tem boas condições de alimentação, porém, com a ocorrência das primeiras geadas, a tendência é de diminuição no escore corporal do rebanho que não for suplementado. Por outro lado, com a queda da temperatura, o controle de parasitoses é favorecido. Bovinocultura de Leite - Aos poucos o aumento na disponibilidade de pastagens novas para as vacas resulta em aumento na produção de leite, mas, por outro lado, contribui para a redução na porcentagem de sólidos no leite, em função do menor conteúdo de fibra, o que faz com que alguns produtores não consigam atingir os padrões de gordura e sólidos determinados pelas empresas para fins de bonificação. Informações: Emater-RS/Ascar Poliana Grudka- Jornalismo Grupo Chiru Comunicações