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  • Polícia Civil deflagra mais uma fase da Operação Dilúvio Moral

    Ação visa combater fraudes e golpes que usaram a tragédia gaúcha para ganhos pessoais

    Nesta quinta-feira, 13 de junho, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), destacado para o combate a fraudes, golpes e atentados aos serviços de utilidade pública durante o período de calamidade, deflagrou mais uma fase da Operação Dilúvio Moral, desta vez na cidade de Fortaleza/CE. A ação, que conta com apoio operacional da Polícia Civil do Ceará, tem por fim o cumprimento de dois mandados de prisão preventiva em desfavor de um casal de 50 anos de idade, além de mandado de busca e apreensão na residência destes.

    A fraude consistiu na abertura de contas se utilizando de documentos falsos e, partir destas, na criação de chaves pix similares às utilizadas em campanhas de arrecadação de doações para as enchentes que assolam o estado do Rio Grande do Sul, sempre alterando apenas um dígito da chave verdadeira. A sistemática tinha a finalidade de desviar os valores de contribuições quando as vítimas se equivocassem em algum dos dígitos.

    Foram alvos, por exemplo, as campanhas de doação de influenciadoras digitais, que arrecadavam valores destinados ao cuidado de animais resgatados das enchentes, em que os golpistas alteraram apenas um dígito das chaves a fim de induzir a erro possíveis contribuintes de boa-fé. Por se tratar de campanhas amplamente divulgadas nas redes sociais, as influenciadoras notaram que vários seguidores estavam reportando um destinatário diverso do anunciado na campanha. A partir de então, buscou-se, através de ferramentas tecnológicas de investigação, a identificação e responsabilização dos suspeitos. 

    Com o avanço dos dados obtidos pela Força-Tarefa do Deic, concluiu-se que a fraude fora praticada por um homem e uma mulher residentes na cidade de Fortaleza/CE, que foram responsáveis por criar cerca de 235 chaves pix distintas, abrangendo fraudes em diversas campanhas de arrecadação de donativos. Apenas durante o mês de maio, durante as investigações, observou-se que o casal criou chaves novas todos os dias, sempre a partir de contas abertas com documentos falsos. Além dos mandados de prisão, ambos também foram presos em flagrante por falsificação de documento, visto que durante as buscas foram encontrados documentos falsos utilizados para a abertura das contas bancárias utilizados para a prática dos estelionatos virtuais.

    *Informações PC/RS

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