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Atualizado em 06/01/2018 às 04:53
Política - Em meio a polêmica, Jair Bolsonaro troca de partido e reitera desejo de concorrer a presidente
O presidente do PSL, o deputado Luciano Bivar (PE), afirmou que foi “firmado um acordo com o presidenciável Jair Bolsonaro” e que ele será candidato do partido à Presidência da República. Uma nota será divulgada em breve com detalhes do acordo. Procurado o deputado Jair Bolsonaro não se manifestou. O encontro confirmou a disposição de Bivar em “ceder” a legenda para Bolsonaro: “Existem mais semelhanças do que diferenças entre Bolsonaro e o nosso pensamento liberal. É um orgulho tê-lo ao nosso lado”. Integrantes do Livres, grupo que atuava dentro do PSL e repudiava a presença de Bolsonaro, por considerá-lo um candidato fisiológico e conservador demais, deve anunciar a desfiliação em massa até a próxima segunda-feira. O presidente do PEN/Patriota, Adilson Barroso afirmou que ainda não recebeu um telefonema de Bolsonaro confirmando a desistência de se candidatar pelo Patriota. "Se isso for confirmado, sei que Deus guardará o melhor para nós. Bolsonaro sabe que no meu partido ele tinha 100% de chances de ser eleito Presidente da República", completou. Após a filiação do deputado Jair Bolsonaro ao Partido Social Liberal (PSL), o Livres comunicou o desligamento da sigla nesta sexta-feira. Segundo o presidente estadual do Livres, Fábio Ostermann, o parlamentar fluminense representa tudo aquilo que o grupo luta contra na política brasileira. “O que nos une como Livres é muito mais que uma filiação partidária, o que nos une são principios, ideias e valores, que infelizmente, demonstraram não são mais tão bem vindos no PSL. Por isso, que nós resolvemos deixar o partido", afirmou. De acordo com Ostermann, o Livres era o movimento de renovação dentro do PSL, que preferiu retroceder com o apoio a candidatura de Bolsonaro à Presidência da República. “O Livres encontrou um espaço e um porto seguro no PSL, que era um partido que queria se renovar, mas, aparentemente, acabou se deixando levar mais pelo pensamento de curto prazo e lógica da velha política do que propriarmente uma visão de futuro”, lamentou. Conforme Ostermann, o grupo soube da procura de Bolsonaro pelo PSL para poder se filiar e participar das eleições 2018. E mesmo sabendo da reprovação do Livres, o presidente da legenda, deputado Luciano Bivar (PE), optou seguir com as negociações com o parlamentar e demonstrou uma “mentalidade caciquista” nas palavras do gaúcho. “Não faz sentido a gente permanecer e respaldar uma iniciativa política dessas, que é justamente o que a gente luta contra no dia a dia. Este tipo de acontecimento só reforça a nossa vontade e a nossa disposição em lutar contra a velha política. Porque somos vítimas daquilo que a gente trabalhava para lutar contra”, reforçou. Os próximos passos do Livres será uma discussão interna para decidir o que será feito dentro do grupo. “Eu vou dar o andamento, na semana que vem, ao desligamento da minha posição dentro do partido tanto como presidente estadual quanto membro do executivo nacional e do diretório nacional. Vamos discutir qual vai ser o melhor caminho. Se a gente vai embarcar em bloco dentro de outro partido ou se a gente vai ser uma frente supra partidária que tenha candidato em partidos variados”, informou. Jornalismo do Grupo Chirú. CP.