Postos do RS Já Praticam Novos Preços Após Reajuste da Gasolina

Menos de 24 horas depois do anúncio do reajuste da gasolina, alguns postos já estão praticando novo preço no Rio Grande do Sul. No interior do estado, consumidores chegam a pagar até R$ 3,28 o litro, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço (veja o vídeo). Para o consumidor Diego Rodrigues, o carro é material de trabalho. Como é motorista, ele calcula que terá de cobrar mais caro por seus serviços por conta do aumento no preço do combustível. “Acho que subiu mais de R$ 0,10 o litro. E eu, que só boto aditivada, vou ter que cobrar mais caro”, avaliou, enquanto abastecia em um posto de Porto Alegre. O anúncio do reajuste foi feito nesta quinta-feira (6) pela Petrobras. A partir desta sexta, a gasolina vendida nas refinarias está 3% mais cara. O diesel subiu 5%. O aumento acontece anualmente para equilibrar os preços cobrados no Brasil com os valores de outros países. Para o consumidor, a estimativa da Federação Nacional do Comercio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis) é que o aumento seja de até R$ 0,6 no litro da gasolina e de R$ 0,9 no caso do diesel. Porém, quem determina o preço final é o próprio posto. “Deu R$ 0,10 de diferença de ontem para hoje. Não tem o que fazer. Todos os postos estão aumentando”, lamentou o consumidor, o advogado Sidnei Oliveira. A reportagem da RBS TV percorreu 10 postos em Porto Alegre na manhã desta sexta. O preço médio do litro da gasolina está em R$ 2,89. “Infelizmente, vai aumentar os custos para muitos outros produtos. Não só a gasolina, principalmente quem trabalha com transporte”, afirma o motoboy Cristiano André. Em Santa Rosa, no Noroeste, o reajuste já foi feito. A gasolina comum sai por R$ 3,25. Em Pelotas, no Sul, o preço do litro da gasolina chega a R$ 3,25. Na mesma região, em Rio Grande, R$ 3,26. Em Bagé, na Região da Campanha, até R$ 3,28. O sindicato que representa os postos de combustíveis no estado, o Sulpetro, disse que não se manifesta sobre preços. Já a Agência Nacional do Petróleo (ANP) disse que não é responsável por fiscalizar, mas semanalmente faz uma pesquisa para orientar que consumidores busquem as melhores opções de compra. A ANP informou ainda que, por lei, os postos têm liberdade de oferecer os preços que acharem mais convenientes. Como o aumento não tem como ser evitado, a maneira encontrada com os consumidores é pesquisar. “Como estou de carro na rua todos o dias, estou sempre olhando o posto, o valor. Centavo é dinheiro”, pondera o consultor de investimentos Fabrício Gernhardt. Fonte: G1