Saúde
Atualizado em 16/03/2021 às 15:39
Presidente do hospital de Tenente Portela relata a situação de pacientes da casa de saúde
Mirna explica que não há mais espaço o suficiente para a demanda e que municípios da região imploram por vagas na UTI
A presidente do Hospital Santo Antônio (HSA) de Tenente Portela, Mirna Braucks, concedeu entrevista ao programa Manhã News desta terça-feira, 16 de março. A gestora da casa de saúde relatou a atual situação com os leitos e UTI de tratamento a pacientes com covid-19 e a preocupação em relação as internações.
De acordo com a presidente do HSA, os pacientes que necessitam de internações podem apresentar ou não comorbidades. Além disso, a casa de saúde está superlotada e muitos pacientes permanecem durante um longo tempo para tratamento. “Isso deve estar completando quase 20 dias que nós estamos com a nossa UTI que são de cinco leitos Covid, credenciados junto ao governo, com 10 pacientes. Transformamos a UTI normal em Covid. E estamos com 10 pacientes todos graves no tubo, pacientes que já chegam há quase 30 dias conosco”, relata ela.
Além disso, o hospital utilizou a sala de emergência para montar mais oito leitos, com a grande maioria intubados, totalizando 18 pacientes em estado grave. A internação clínica para tratamento covid também já possui pacientes que necessitariam da UTI.
“Infelizmente não existe espaço, estamos com vários municípios com um, dois, três pacientes em hospitais que não têm UTI, implorando e solicitando vagas”, frisa a gestora.
A presidente fez mais uma vez um alerta à comunidade, com objetivo de que situação não fique ainda mais grave. Em seu pedido, ela solicita que as medidas restritivas sejam seguidas e que não sejam realizadas visitas a parentes e amigos nesse período, como forma de conter a disseminação do vírus.
“Esta morte ela é terrível, ela é por asfixia, por falta de ar. E nem sequer quem está naquela situação pode dar um olhar para o seu familiar, uma despedida, uma mão amiga, sem ser a daqueles funcionários, daquelas equipes, médicos e enfermeiros, que estão diariamente lá do lado do teu familiar, do teu paciente. E lá fora eles também têm as famílias deles e que não é só aplausos que eles querem, eles querem a contribuição de cada um de vocês, porque eles estão correndo um risco muito pior”, finaliza ela.
Mirna ainda pede apoio da comunidade para doações aos hospitais, comentando o momento delicado em relação ao financeiro dessas casas de saúde. Acompanhe o áudio da entrevista: